“Poesia insuflável – cinquenta bóias e uma pausa para insuflação” é o nome do livro de Paulo da Ponte cuja “tournée” de apresentação passou pelo restaurante Pachá no último dia de Outubro.
Esta foi a terceira apresentação do livro, depois de uma primeira em Portimão (de onde é natural o autor), a 18 de Agosto, e outra nas Caldas, a 5 de Outubro (numa parceria com o projecto “Olha-te” para o qual contribui com parte da receita das vendas).
Leiria, Coimbra e outras cidades do país também vão receber esta “tournée” que será sempre acompanhadas de novas “bóias”, que compõem a publicação.
Paulo da Ponte deu ao livro o nome Poesia Insuflável porque considera que num contexto de dificuldade que o país atravessa, há necessidade de “desanuviar”.
O livro surgiu durante o verão, quando estava de férias, e tem “um discurso poético organizado em pequenos contos que designei como bóias”. Esses contos são tão pequenos que alguns são apenas frases curtas. No total são 50 “bóias” que servem para “aliviar toda essa pressão que sentimos”.
No seu blogue (claraerosao. blogspot.pt/) escreveu “contra todas as crises de valores (de ontem, de hoje), poesia insuflável é um valor certo, basta um pouco de algodão e todas as cicatrizes do ar se transformam em nuvens, e depois em espuma doce”.
Os poemas são acompanhados de fotografias de Margarida Araújo, que foi desafiada pelo autor para espelhar em imagens aquilo que os poemas a faziam sentir e também para fazer o arranjo gráfico. Paulo da Ponte já conhecia a fotógrafa caldense há algum tempo e gostou do trabalho que esta tinha feito no livro “Viagem à Costa Rica”, de José Ricardo Nunes.
“Fiquei muito honrada quando ele pediu-me para participar”, referiu Margarida Araújo à Gazeta das Caldas. As fotografias estão agora expostas na Casa Antero.
Paulo da Ponte é arquitecto e escreve há vários anos, tendo pela primeira vez arriscado a publicar um livro em edição de autor, com 150 exemplares. O autor já está a preparar o seu próximo livro, intitulado Zéfirofolio, que será “centrado em pequenos contos”.
Pedro Antunes
pantunes@gazetadascaldas.pt






























