Paulo de Carvalho traz clássicos e estórias amanhã ao CCC

Designado “Uma Voz, Um Piano”, estas actuações começaram há quatro anos e foram pensadas para auditórios fechados. Sendo só voz e piano, é, pois, possível levar este espectáculo a locais onde “não há possibilidades económicas para levar uma banda”, contou o músico. E o que une este duo? Os gostos pela música latino-americana e “uma saudável troca de influências musicais”.
Paulo de Carvalho é um cantautor incontornável da música portuguesa e que actualmente se encontra a  celebrar meio século de carreira.
Sobre a actuação, o músico explicou que será “um espectáculo de grande contacto com o  público, onde canto e explico canções e também conto estórias”, revelou o músico, vencedor do Festival RTP da Canção, em 1974 e 1977.
O músico explicou que a música que cria se pode designar por “etno-urbana”. Refere-se, por exemplo, à grande influência que o fado tem na sua música, “género aliás ao qual me dedico e já gravo desde 1985”.  Paulo de Carvalho explica que  apesar dos seus temas serem culturalmente muitos portugueses, lhes mistura outras tendências, que se unem às raízes culturais do povo e que lhes dão novos tons. O músico já tem dois discos gravados que gostaria de lançar em 2012. Só que agora, diz, há novas exigências relacionadas com o mercado da edição e é preciso pensar na melhor forma de se editar e de vender música.
“Todos nós temos que entender as grandes mudanças e de aprender as melhores formas de chegar ao público pelos novos meios”, disse o interprete, que já actuou em Espanha, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Reino Unido, Canadá, USA, Brasil, Macau, Senegal, Costa do Marfim, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, entre outros países.
O autor considera que hoje se vendem menos CDs porque qualquer pessoa “saca” músicas da internet e, assim, os álbuns “são sobretudo um cartão de visita, muitos relacionados com os espectáculos”.
Para amanhã, nas Caldas da Rainha, Paulo de Carvalho promete interpretar os seus grande êxitos como “E Depois do Adeus”, “Prelúdio (Mãe Negra)”, “Os Meninos de Huambo” ou “Nini dos Meus 15 Anos”. A estes vão juntar-se outras canções de autores cubanos e cabo-verdianos e ainda temas com poemas de Agostinho da Silva e de Ary dos Santos “e que me dão grande prazer interpretar”, disse.

“Os Fuzilamentos das Caldas da Rainha” em livro

Na próxima quinta-feira, 9 de Fevereiro, pelas 21h30, será apresentado na sala multi-usos do CCC, o livro “Os Fuzilamentos das Caldas da Rainha”, da autoria do investigador Mário Tavares, com base em memórias de Manoel de Sá Mattos, um cirurgião militar que viveu os acontecimentos que tiveram lugar a 9 de Fevereiro de 1808, durante a primeira invasão francesa.
A Câmara das Caldas editou este trabalho como conclusão da sua intervenção na celebração dos 200 anos das Invasões Francesas. A capa e arranjo gráfico são do designer Joaquim António Silva e a apresentação do livro será feita pelo professor de História e vereador socialista, Rui Correia.