O Festival Ovni – Objectos Visuais do Nepal e da Índia, iniciativa de professores e alunos da ESAD, contou com vários momentos de intervenção cultural que tiveram lugar ao longo dos últimos três meses. Deste projecto internacional de diálogo com o Oriente fizeram parte várias aulas abertas, conferêncas, exposições (Caldas, Lisboa e Monte de Caparica), performances, um seminário internacional , masterclasses, e uma série de propostas culturais que “invadiram” o espaço urbano caldense.
“Foi algo inovador, já que juntou artistas portugueses a vários que vieram do Oriente”, disse o docente Mário Caeiro, organizador desta iniciativa que envolveu dezenas de autores, docentes e alunos recordando que no final do ano estiveram nas Caldas vários artistas contemporâneos da Índia e do Nepal que apresentaram as suas obras nas Caldas.
O professor salientou a intervenção de Pedro Bernardo, que incluiu a viagem do autor e sua equipa a Kathmandu, com a duração de uma semana, para completar a obra apresentada no Museu José Malhoa. A operação – literal ligação entre Arte e Viagem – teve o enquadramento institucional e desportivo do Clube de Ténis das Caldas, o apoio técnico da Academia Nuno Mota, e integrou a consagrada tenista Mimi. Nesta inédita obra de arte total, a práctica do Ténis – no cerne da investigação do artista – “motivou uma intensa troca intercultural, incluindo reuniões com os parceiros do projecto no Nepal”, disse o docente.
Artistas caldenses e nacionais participaram também nesta iniciativa apresentando obras influenciadas pelas viagens que realizaram a países do Oriente. “Inscrevemos esta temática ocidente-oriente e reunimos parceiros que estão muito longe”, acrescentou o professor.
O Ovni contou com as mais diversas propostas desde um artista indiano propôs-se a intervir e a decorar uma fachada urbana. Foram também feitas inscrições de frases em lugares-chave como na Rua das Montras e nas proximidades da estátua da Rainha, à entrada da cidade. O Ovni também desenvolveu iniciativas em Lisboa e em Almada. “Equacionam-se agora formas de continuidade”, afirmou o coordenador da iniciativa que juntou uma vintena de artistas dos três países e mais de 100 alunos da ESAD.
O evento fechou no Museu de José Malhoa com a realização de uma aula aberta de yoga, pelo Centro do Yoga Áshrama Caldas da Rainha, que foi seguida pela conferência “A Arte Pública como Caminho”, pelo académico José Guilherme Abreu.

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