Na noite de 16 de Agosto os irmãos caldenses, Tomás e Miguel Oliveira, mais conhecidos por DJ Ride e DJ Holly, respectivamente, actuaram juntos no Danau Bar, no Baleal. Ridlly foi o nome escolhido pela dupla, que se tem destacado a nível mundial.
DJ Ride e DJ Holly são já nomes fortes no panorama musical a nível nacional e têm construído os seus caminhos também pelo estrangeiro. Tomás e Miguel Oliveira, de 34 e 24 anos, são irmãos e são caldenses. Os feitos e sucessos de cada um tornaram-se os seus cartões de apresentação. Na noite de 16 de Agosto juntaram-se no Danau Bar, na praia do Baleal, para actuarem como dupla.
Não foi a primeira vez. Os irmãos já tinham actuado juntos, embora isso não seja muito frequente.
À Gazeta das Caldas ambos salientaram o gozo que lhes dá actuarem lado a lado. “Gostava de fazer mais vezes, claro! É sempre um prazer partilhar o palco com o meu irmão”, disse Holly, fazendo notar que ambos gostam de música semelhante, pelo que “a selecção musical foi fácil, assim como a química”.
Havia, claro, a expectativa acerca do resultado final. “Foi muito divertido e foi bem mais fluído do que pensava”, disse Ride, salientando que, enquanto ele usa gira discos, o irmão usa um controlador. “As transições correram muito bem”, analisou.
Por outro lado, a actuação, que surgiu no âmbito do evento “Heineken Convida”, teve outra vantagem. É que permitiu aos DJ’s caldenses actuarem perto de casa e verem na pista várias caras familiares. “Foi fixe! Curti ter alguns dos meus melhores amigos lá e também estar a tocar junto a praia, o público estava bem animado e a receção aos sons foi sempre boa”, contou Holly.
No Baleal os irmãos actuaram como Ridlly, que fundia os nomes artísticos de cada um. A solo continuam a trabalhar empenhadamente. Ride continua a lançar música em editoras estrangeiras e está actualmente a preparar um novo show de vídeo, sob o nome “Pixel Trasher”.
Já Holly está a finalizar o EP que vai lançar no próximo mês e que tem um título bem… caldense: “Avenal2500”. A capa será a casa onde viveu grande parte da sua vida, no Avenal.
É que, apesar de a sua carreira profissional os levar pelo mundo, fazem sempre questão de voltar às Caldas. Holly está a residir em Los Angeles, nos Estados Unidos da América, mas salienta que apesar de já não estar tão presente fisicamente na cidade, visita-a sempre que pode e procura manter-se informado acerca do que se vai passando por cá. “Caldas é a fundação de tudo o que sou e de todo o meu caminho artístico, por isso é um sítio com o qual me preocupo muito em manter uma ligação e relação”, afirmou.
Já Ride vive há mais de dez anos em Lisboa, mas visita regularmente a sua terra para estar com a família e para ensaiar com outro caldense que dá cartas na música e com quem forma os Beatbombers, o DJ Stereossauro.
Vinhos portugueses em Coachella
Em Abril, e com apenas 24 anos, Holly actuou no Coachella, um festival icónico de música que se realiza na Califórnia e que recebe mais de 200 mil pessoas por ano. “Foi uma honra! Gostei muito e foi uma experiência brutal”, disse à Gazeta das Caldas.
O jovem mostrou a sua música no The Lab, um palco experimental do festival e, durante uma refeição, na zona restrita aos artistas, acabou por encontrar o rapper DMX e aproveitou para falar com ele e pedir-lhe um e-mail para lhe enviar algumas das suas produções.
Mas há um outro pormenor delicioso na história da ida de Holly ao Coachella. É que antes da sua actuação, o caldense decidiu fazer uma prova de vinhos portugueses para a sua equipa, para fãs e para staff do próprio festival. Entre os vários vinhos brancos, tintos e verdes de diversas regiões, não faltou, claro está, a ginjinha de Óbidos. Esta foi uma forma de levar a cultura portuguesa ao festival.































