Os anos 60 e 70 no Painho em livro

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“Quando os ciprestes davam laranjas”. É assim que  se intitula o livro de Jorge Romão que foi editado recentemente sob chancela da Chiado Editora. A obra reúne um conjunto de textos sobre as memórias e as vivências do autor que viveu a sua infância e juventude, nos anos 60 e 70 no Painho (Cadaval).
Jorge Romão é licenciado em Filosofia e trabalha na área de intervenção social na esfera da Justiça. O autor, que na infância “aprendeu a semear batatas e a mondar o trigo” também “guardou rebanhos, fez criação de coelhos e pisou uvas no lagar”, de acordo com a apresentação do livro. Na juventude também dançou num rancho folclórico.
No livro também aborda temas como Deus, a morte, a família, o papel da mulher e da Igreja. A contracapa do livro explica que “Quando os ciprestes davam laranjas” não é um romance, nem um ensaio, nem uma biografia, nem um livro de contos, mas sim de um “conjunto de textos, num registo directo e incisivo, como um bisturi, de cujos recortes ressalta o sangue da ironia e do afecto”.
Exemplos: uma galinha que se suicida por amor e outras que fazem greve, histórias de bruxas, lobisomens e cobras aladas, além de superstições, céus de amores-perfeitos e uma burra esfomeada. Entre velórios foguetes e um pato que vai à missa, há também gente de carne e osso, há afectos e a terra. Há pois “o pulsar da vida, tal como ela é”.

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