A passagem desnivelada do largo da Vacuum, que abriu há alguns meses ao trânsito, está diariamente a ganhar nova vida. Terminada a construção, é agora a vez do artista Ferreira da Silva realizar uma grande intervenção de arte pública que vai decorar as paredes daquela passagem subterrânea e a rotunda recentemente criada no Largo da Vacuum. A obra vai inspirar-se no mito de Orfeu e Euridice.
“Vai estar tudo pronto em Setembro”, disse o autor, de 81 anos, com um vigor que desmente tal idade. Todas as manhãs é vê-lo de capacete na cabeça a subir e a descer os andaimes para colocar os elementos cerâmicos da composição que imaginou. A que imaginou e a que vai criando no local, já que há uma forte dose de improviso criativo no seu trabalho.
É com gestos largos que explica a Sérgio Coelho como quer os desenhos ao longo das paredes. Sérgio é o pedreiro que o acompanha e o seu braço direito na prossecução desta obra. Ambos contam com o ajudante Vítor Capucho para a concretização desta intervenção, que tem cerca de mil metros quadrados e que conta com vários elementos cerâmicos na sua composição.
Há formas circulares (que antes foram pratos e agora são pontos de luz) e azulejaria variada, para além de 15 modelos originais, baixos-relevos, criados propositadamente para esta intervenção. A maior parte foi produzida na Molde, nesta obra financiada pela autarquia, havendo igualmente alguns apontamentos produzidos por Ferreira da Silva já este ano no CENCAL.
“A sexualidade está agora muito imbuída em todas as actividades. Em contraponto quis nesta obra trabalhar o tema do amor puro e platónico”, contou o artista satisfeito por estar a trabalhar numa obra de arte pública que fica num sitio de passagem “de muitos jovens a caminho das escolas”.
É a trabalhar que Ferreira da Silva se sente melhor. E gosta destes projectos de arte pública, que são os que mais gozo lhe dão, lembrando que desde muito cedo quando ainda garoto via os trabalhos dos muralistas mexicanos se identificava com o trabalho nas grandes superfícies em ruas e em praças. É contra as intervenções estáticas, procurando sempre imprimir-lhes ritmo e sequência.
“Diverte-me estar a trabalhar ao vivo”, contou o autor que, enquanto trabalha, acena aos automobilistas que passam e o cumprimentam: “Bom dia Ferreiral!. Outros preferem conhecer de perto a obra e trocar dois dedos de conversa com ele.
Além dos vários elementos cerâmicos, as paredes estão a ser decoradas com massa de enchimento colorida que lhe dão vida e que vão tornar a passagem naquele zona muito mais atractiva.
































Já dá para ver que vai ficar muito colorido e alegre. Esperemos que certos desocupados não grafitem e estraguem tudo… e Já agora a fonte ao pé do Hospital, já está pronta? É que mais de metade dos Caldenses nem sabem que existe. Tem sido pior que as obras se ”Santa Engracia”
finalmente este senhor assume que copia as coisas. pena é que não se lembre dos outros a quem copiou e a quem tirou trabalhos, ficando sempre com os louvores e nunca o ter referido em anteriores obras. mais vale tarde do que nunca. já agora apenas um alerta para o presidente da câmara. existem mais artistas na cidade e no município que merecem oportunidades de fazer arte nos espaços públicos. são artistas novos, cheios de ideias e que precisam de ter um futuro. este sr já é famoso só pelo tempo e dinheiro que ganhou com a obra do hospital que infelizmente ainda não está concluída e é paga com o dinheiro de todos nós. de igual modo está a usurpar mais dinheiro aos contribuintes locais com obras para a câmara. uns chamam “jobs for the boys” e eu digo “job for the same old people”