
O festival de Óbidos iniciou com casa cheia. Seguem-se dois fins de semana deste género musical
A Gala Bizet foi apresentada a 6 de setembro no Parque Tecnológico de Óbidos. A lotação da plateia esgotou, confirmando por isso o sucesso da abertura do Festival de Ópera de Óbidos, informa nota de imprensa sobre o festival. Na Gala foram apresentadas árias do compositor francês e a Ode Sinfónica Vasco da Gama, a primeira parte de uma ópera que Bizet nunca chegou a concluir.
Segundo a mesma nota, numa das raras apresentações desta obra, os protagonistas da noite foram a Orquestra de Câmara Portuguesa e o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, dirigidos por Pedro Carneiro e os solistas Cláudia Ribas, Beatriz Maia, João Fernandes e Marco Alves dos Santos, que entusiasmaram o público presente que aplaudiu as várias interpretações deste espetáculo.
Uma experiência para toda a família
No próximo fim de semana, nos dias 13 e 14 de setembro, o festival convida famílias e público de todas as idades a uma promenade pelo universo da ópera, que terá lugar no Convento de S. Miguel das Gaeiras.
O programa do segundo momento deste festival inclui duas récitas de curta duração: A Menina, o Caçador e o Lobo, de Vasco Mendonça, e L’enfant et les sortilèges, de Maurice Ravel. Antes da sessão de estreia, haverá uma conversa introdutória e, entre récitas, o público vai ter oportunidade de conhecer os próprios intérpretes.
Na criação contemporânea, a obra de Vasco Mendonça, A Menina, o Caçador e o Lobo, com libreto de Gonçalo M. Tavares, revisita o conto tradicional a partir da perspetiva do lobo, questionando memórias coletivas e sublinhando valores como civismo e tolerância. A peça será interpretada pela soprano Lara Rainho, pela mezzo-soprano Mariana de Sousa, e pelo contratenor belga Logan Lopez Gonzalez.
Segundo a nota de imprensa, a L’enfant et les sortilèges, com libreto de Sidonie Colette, é uma obra-prima de Ravel que foi estreada há 100 anos, em Monte-Carlo. Esta mergulha no universo onírico de uma criança confrontada com as consequências das suas ações, num espetáculo de humor, fantasia e forte mensagem humanista.
O elenco inclui as mezzo-sopranos Ana Ferro, Cláudia Ribas e Inês Constantino, as sopranos Ana Sofia Ventura, Joana Santos e Marina Pacheco, o tenor João Pedro Cabral, o barítono Tiago Amado Gomes e o baixo Rodrigo Calais, acompanhados pela Orquestra de Câmara Portuguesa e pelo Coro Voces Cælestes.
Destaca-se ainda a conceção e a encenação destas duas óperas, que estão a cargo do encenador brasileiro André Heller-Lopes, figura de renome internacional (Covent Garden, English National Opera, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre outros).
A convite da diretora artística Carla Caramujo, a encenação evoca a estética de Almada Negreiros, no ano em que se assinalam 55 anos da morte daquele artista.
Antes do programa do fim de semana, hoje, quinta-feira, dia 11 de setembro, decorrerá às 18h00, no Museu Abílio de Mattos e Silva, o recital de ópera e canção “Da Distância e do Desejo”, com a soprano Sofia Marafona e o pianista Duarte Pereira Martins. O programa inclui obras de Ginastera, Piazzolla, Menotti e Gershwin, e tem entradas livres.
Os bilhetes estão à venda em www.blueticket.meo.pt, no Posto de Turismo de Óbidos , na Academia de Música de Alcobaça e locais habituais.
O Festival de Ópera de Óbidos 2025 é uma iniciativa da ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, em parceria com a Câmara de Óbidos. Tem apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, do BPI/Fundação ‘la Caixa’, do Círculo Richard Wagner Portugal e mecenato da Égide – Associação Portuguesa das Artes.






























