
Dois mil e dezoito será o Ano Europeu do Património Cultural e o coordenador nacional desta iniciativa, lançada pela Comissão Europeia, será Guilherme d’Oliveira Martins, ex presidente do Tribunal de Contas e acutal administrador da Fundação Calouste Gulbenkian. Este responsável esteve na Benedita a 3 de Março onde sublinhou a importância da cultura numa época em que surgem na Europa fracturas e se vivem grandes desafios.
O orador falou sobre a democracia e os desafios que esta enfrenta com fenómenos como o Brexit e a eleição de Trump. Oliveira Martins considera que não serve dizer, que ‘foi a vontade soberana do povo’, pois acima das comunidades fragmentadas há a Humanidade e esta preserva algo de comum. É essa dimensão universal que se garantiu em 1948 com a Declaração dos Direitos Humanos.
O orador considera que, a cada dever corresponde um direito e a melhor imagem para esta relação é a de um tapete de Arraiolos. Direito e avesso diferentes, mas tecidos com as mesmas linhas e cores, de um e de outro lado.
Para o convidado, é a área da cultura que pode lançar pistas de esperança para o mandato do ano 2018 – Ano Europeu do Património Cultural. No entanto, este considera que esta não deve ser vista como algo acessório ou de menor dimensão. “A cultura não é a cereja em cima do bolo, mas também não deve ser a última alínea pequenina nos programas eleitorais”, sustentou.
A sessão foi assistida por alunos, professores, autarcas e empresários que se deslocaram à Casa da Vila da Benedita para ouvir Guilherme d’Oliveira Martins, nesta iniciativa da Terra Mágica das Lendas, CRL e da rádio Benedita FM.






























