Alunos de Teatro de várias escolas superiores de todo o país e também de Espanha, reuniram-se entre os dias 24 e 27 de Março, na ESAD, para participar no Festival Ofélia. Do evento fizeram parte vários espectáculos, conferências e workshops que permitiram uma salutar troca de experiências entre estudantes e profissionais. O Ofélia celebrou cinco anos e prova que está de boa saúde pois já tem garantida a realização no próximo ano.
Vieram das universidades de Coimbra, de Trás os Montes, do Porto e até de Córdoba. Viveram de forma intensa o Festival Ofélia, que dá primazia à arte dramática e às restantes disciplinas que com ela se relacionam.
Ao todo, mais de 150 estudantes deram corpo e alma a esta realização que teve dois a três espectáculos por dia, uma conferência e um workshop. A maioria das actuações teve lugar na ESAD mas também foi representada uma peça no CCC. Em média, nas salas de ensaio assistiram aos eventos “entre 70 a 80 pessoas e no auditório da escola houve realizações que contaram com 150 a 200 pessoas”, disse Lisandra Caires, aluna caldense do curso de Teatro e uma das organizadoras do festival. Para iniciativas muito concorridas, contou a jovem, foi possível assistir numa sala ao lado onde num ecrã se transmitia o que se passava.
O Ofélia tem como objectivo “dar a conhecer o que está a passar em Portugal ao nível da representação e tirar o melhor partido da reflexão”, disse a organizadora, de 20 anos, enquanto conduz a Gazeta das Caldas pelo edifício 2 da ESAD. Várias salas de aula foram transformadas em salas de ensaio para o festival. Um pouco por todo o lado testou-se o som, experimentaram-se figurinos e ensaiaram-se as posições no palco num ambiente descontraído e de partilha.
Estes são dias em que os alunos “são postos à prova e acabam por aprender mais em relação às questões práticas”, disse Daniel Coimbra, técnico do curso de Teatro e do Festival Ofélia.
No primeiro dia do festival, três ex-alunos do curso – Cláudio Teixeira João Pedro Santos e Salomé Ângelo – partilharam com os participantes a sua experiência e o percurso que fizeram quando terminaram a sua formação de Teatro na ESAD. A actriz Lídia Jorge veio coordenar um workshop sobre o trabalho do actor enquanto que Ana Almeida veio abordar a questão do teatro comunitário. Por sua vez Inês Fouto veio dedicar-se à formação clown (palhaço) e Mafalda Saloio ao teatro físico e de objectos.
“Acolhemos os alunos no Pavilhão da Mata e ficámos todos a dormir de forma confortável. É mais um motivo de convívio entre os estudantes das diferentes escolas”, contou a organizadora.
“ESAD tem melhores instalações”
Jessica Ferreira, de 20 anos é do curso de Design de Ambientes e teve a decoração das áreas do festival a seu cargo, sobretudo nalgumas salas e corredores do edifício 2. “Aproveitei os materiais dos anos anteriores, dei-lhes uma nova utilização tentando criar novos ambientes, agradáveis para quem se encontra a participar”, disse a jovem caldense que já tinha assistido a três peças do Festival. Para si, o Ofélia “já é um festival conhecido, que atrai muita gente de fora e merece ter continuação”.
Paulo Nóbrega, 19 anos, é de Lagoa (Algarve) e será um dos elementos da organização do Ofélia de 2016. Gostou dos espectáculos que assistiu e diz que para o ano “vai ser difícil superar esta edição, mas já pensámos em fazer mais workshops e noutro tipo de decorações. Vamos querer algo bom, como aconteceu este ano”.
Cláudia Martins, de 19 anos, veio de Vila Real onde frequenta o 1º ano do curso de Teatro da UTAD. “Está a correr tudo bem, está bem organizado, é bastante divertido e é óptimo para conhecer pessoal!”, disse a jovem que também tem um festival na sua faculdade que decorrer em Maio e que junta escolas de vários países. Em comparação com a sua universidade, “as instalações da ESAD são muito melhores”. Da mesma opinião são Eliana Lopes, de 19 anos e Cristina Jimenez, de 20 anos. Ambas frequentam a Escuela Superior de Arte Dramática (ESAD de Córdoba). Estão no primeiro ano e disseram à Gazeta que acham que o Ofélia “está muito bem organizado”. As duas estudantes, que gostariam de seguir cenografia, querem regressar às Caldas para fazer Erasmus pois consideram que a escola de artes caldense “tem óptimas condições, melhores que as da sua escola, em Córdoba”.
Leandro Catalino, de 21 anos, é da Guarda e frequenta o curso de Som e Imagem. Esteve a dar uma ajuda aos seus colegas do curso de Teatro nas questões técnicas e acha que o Festival deveria continuar a convidar mais escolas superiores de teatro a participar. “O Ofélia há-de continuar por mais 50 anos!”, rematou.






























