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Latitudes dá nome a um festival de literatura de viagens, que irá decorrer em Óbidos entre 28 de Abril e 1 de Maio, inserido na programação de Óbidos Vila Literária. Conversas com autores, oficinas, conferências, lançamentos de livros, concertos, exposições e gastronomia de várias partes do mundo compõem o programa.
Um festival de viagens escritas, fotografadas, sensoriais e gustativas. É desta forma que a vereadora da Cultura, Celeste Afonso, define o Latitudes, evento que irá decorrer entre 28 de Abril e 1 de Maio.
O programa é composto por lançamentos de livros de viagens, conversas com autores, conferências, oficinas de escrita, exposições e viagens pela ilustração, gastronomia e música de vários países.
Latitudes começa a 28 de Abril com uma oficina para alunos, onde os escritores Alexandre de Sousa e José Santos juntam a leitura às cartas geográficas.
O festival é inaugurado oficialmente com uma visita à exposição de aguarelas de André Carrilho, que resulta de uma residência artística do autor na vila, que estará a partir desta semana a pintar em Óbidos. A mostra ficará exposta nas livrarias do Mercado, Santiago, Paragem, Labirinto, The Literary Man Hotel, Rio do Prado, NovaOgiva, Bichinho do Conto, Óbidos Lounge, Bons Malandros, Centro de Design de Interiores e nos museus municipal e Abílio.
Em Óbidos estarão também, durante o festival, os colectivos Urban Sketchers e Grupo do Risco, que se dedicam a desenhar o que observam e que ali irão partilhar as experiências que têm feito pelo mundo.
Haverá “viagens à mesa”, com iniciativas em padarias e restaurantes, e música, com o concerto “Latitude Quatro”, em que quatro artistas de quatro países apresentam num só concerto tango, bolero, fado, milongas, candombes e outros estilos musicais.
O autor escocês Neill Lochery irá apresentar o seu mais recente livro “Portugal Saído das Sombras – Da Revolução de 1974 até ao Presente” e estará à conversa com o historiador Guilherme d’ Oliveira Martins. Será lançada a obra “Portugal by Urban Sketchers”, seguida de conversa com várias personalidades do mundo das artes.
Os jornalistas Paulo Moura e Cândida Pinto irão participar numa conversa, moderada por Vanessa Rato, e o escritor Rui Cardoso Martins participará num encontro com Altino Barradas e Isabel Lucas para falar sobre a sua obra “Se fosse fácil era para os outros”.
“É uma programação muito forte para um ano zero”, disse Celeste Afonso à Gazeta das Caldas. A autarca acrescentou ainda que o orçamento para este ano, de edição experimental, também é “zero”, especificando que o festival resulta de um encontro de vontades entre os vários parceiros envolvidos: autarquia, artistas, editoras, livrarias, restaurantes e hotéis. As despesas prendem-se apenas com alguma logística do evento.
“Este é um encontro de vontades de pessoas que querem que haja uma segunda edição”, refere Celeste Afonso, acrescentando que há um “acarinhar nacional” do projecto Óbidos Vila Literária enquanto Cidade Criativa da Literatura.
