O jazz foi experienciado por 35 alunos do 3º e 4º ano (entre os 8 e os 10 anos) das escolas de A-dos-Francos e Alvorninha que, durante dois meses imitaram e criaram os seus próprios instrumentos, tocaram, cantaram, improvisaram e aprenderam esta vertente musical, sob a orientação de Jorge Mendonça de Oliveira. Tratou-se do projecto “O Jazz vai às Escolas”, numa extensão do Caldas Nice Jazz, que espalhou música pelo concelho.
Quando chegámos à sala de aulas, lá estava o professor Jorge Mendonça de Oliveira rodeado de 18 crianças, que com ele cantavam, batiam os pés no chão, batiam palmas, tocavam e emitiam sons como se fossem acordes de jazz.
“Há uma série de aspectos pedagógicos que são trabalhados quando nós fazemos música, que são muito úteis para a nossa vida”, explicou Jorge Mendonça de Oliveira, especificando: “é bom no desenvolvimento da coordenação motora, na capacidade de fazerem coisas juntos, de cantar e tocar ao mesmo tempo, de estar atento, de se respeitarem uns aos outros, de fazerem silêncio, escutar os outros”.
Por outro lado, procura ensinar evolução do jazz ao longo dos tempos, o que o obriga também a falar da escravatura, de como os povos se misturam e do que a partir daí se criou.
Uma das vertentes deste projecto foi a construção de instrumentos fundamentais na música jazz (como o contrabaixo – aqui contra-balde). Depois de feitos, os alunos tocam-nos, numa espécie de orquestra. Mas também trabalham a voz (seja em improvisação, em aquecimento, ou afinação) e o corpo (percussão corporal, o acompanhamento do que cantam com movimento) e emitem sons que imitam instrumentos. Durante estes dois meses também há tempo para ver alguns vídeos e ouvir discos.
E tem sido difícil levar este género musical a crianças tão pequenas? Para Jorge Mendonça de Oliveira não tem sido nada complicado. “O jazz é uma música fixe, os miúdos gostam”, afirmou.
No final deste projecto as crianças irão apresentar aos familiares tudo o que aprenderam nesta oficina.
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