O Caldas Late Night em crise de identidade

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Gazeta das Caldas

CLNA edição deste ano do Caldas Late Night, decorre a 29 e 30 de Maio, mas a organização iniciou a semana passada, 25 de Março, o “Pré-Caldas”, durante o qual serão realizados uma série de eventos que pretendem “aproximar, mais cedo, os estudantes e a cidade”.
O núcleo duro da organização da 19ª edição é constituído por cinco alunos dos cursos de Design Gráfico, Design Multimédia e Design de Produto (Gonçalo Fialho, Joana Teixeira, Miguel Marques, Ricardo Paulino e Vasco Duarte), mas estão envolvidas mais de 50 pessoas que responderam ao desafio para colaborarem.
A 25 de Março organizaram uma “jam session” no bar Parq e no dia seguinte a ESAD recebeu uma sessão de esclarecimento sobre o CLN, destinada essencialmente aos alunos do 1º ano. Durante os próximos dois meses pretendem organizar outros eventos culturais e recreativos destinados a promover o CLN.
Nenhum dos elementos fez parte da organização em anos anteriores, mas pretendem “combater a apatia e a falta de valor dado ao Caldas Late Night enquanto mostra de artes”, segundo explicaram à Gazeta das Caldas. “Entendemos a importância de eventos festivos, mas o CLN é mais do que uma festa: é uma forma de expor o talento da comunidade criativa caldense num evento que tanta gente atrai de fora da cidade”, clarificam.
A 11 de Março publicaram na página oficial do facebook um manifesto em que alertavam que “o Caldas está a morrer”. Os estudantes que fazem parte da organização entendem que é preciso um novo fôlego para que o CLN não acabe. “Estamos a fazer a nossa parte, dinamizando espaços, aproximando a ESAD da cidade e a cidade dos estudantes, criando eventos”, disseram ao nosso jornal. No entanto, consideram que “sobre toda a comunidade criativa das Caldas da Rainha, paira o risco de o CLN morrer”. Só que esperam que “o medo e a ansiedade se transformem em motivação e vontade de participar”.
Depois de ter alcançado a maioridade em 2014, na sua 18ª edição, é natural que se comecem a questionar alguns dos pressupostos iniciais que foram sendo esquecidos ao longo dos anos. Um tema que, no entanto, é recorrente de ano para ano, embora nunca com tal dramatismo.
O Caldas Late Night teve início em 1997, quando um grupo de alunos da então ESTGAD decidiu fazer um conjunto de exposições e instalações em vários locais da cidade, principalmente nas suas próprias casas.
Começou por ser um movimento “underground”, embora sempre aberto ao público em geral, e tornou-se num evento com fama nacional.
Desde a sua primeira edição, o Caldas Late Night consiste numa mostra de trabalhos de livre escolha, aberto a todos os interessados, não submetendo os participantes a qualquer tipo de selecção, sendo os criadores os responsáveis pelas suas obras.
Saberá também as Caldas da Rainha dar a sua parte para o êxito deste evento com projecção nacional e também internacional?

 

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