A Câmara assinou recentemente com a Direcção Regional de Cultura do Centro um protocolo que visa a concretização das obras de manutenção do edifício existente, por forma a possibilitar ao arquitecto a reformulação do projecto inicial da obra.

O presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, assegurou à que a autarquia mantém o interesse na concretização do projecto de Siza Vieira para o Museu Dr. Joaquim Manso, mas que, para tal, será necessário reformular o projecto inicial. A ideia inicial do arquitecto previa a criação de um novo edifício que iria nascer no lugar do actual, a casa de férias de Joaquim Manso. Contudo a família opôs-se à intervenção, alegando que a doação prevê que a casa seja um museu e, como tal, não pode ser demolida. O edifício está, no entanto, em muito mau estado.
A Câmara já pagou o projecto inicial que o arquitecto idealizou há mais de uma década e agora espera que Siza Vieira o reformule, possibilitando que a sua proposta possa co-existir com o edifício existente. O futuro museu poderá, segundo o autarca socialista, subir pisos e proporcionar uma plataforma que permita a observação das ondas gigantes na Praia do Norte. Está também prevista uma zona de cafetaria e de restauração.
Segundo o chefe do executivo municipal da Nazaré, decorreu antes do Verão uma reunião com autarcas e a anterior directora da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), Celeste Amaro e com o arquitecto Siza Vieira, onde este último se mostrou disponivel para reflectir sobre a possível remodelação. Para Walter Chicharro, ter um projecto do arquitecto portuense na Nazaré será “motivo de alavacagem para o próprio museu e para o concelho”.
Para consumar esta estratégia foi assinado, há dias, um protocolo entre a Câmara e a DRCC, que pressupõe que esta entidade seja a dona da obra de requalificação do Museu, que depois transitará para a autarquia no âmbito da delegação de competências. Neste momento, de resto, a Câmara já alberga parte do espólio daquele espaço museológico e também faz a manutenção dos barcos do museu que se encontram no areal, tendo contratado um técnico especialista para o efeito. Há necessidade urgente, por outro lado, de fazer obras de manutenção no edifício.
Este novo protocolo revoga o anterior protocolo de colaboração, entre as duas entidades e que previa que a entidade do Estado pagasse uma verba de 200 mil euros para a requalificação do museu. Todavia, “essa verba nunca chegou a ser atribuída”, notou Walter Chicharro, explicando que as duas entidades estabeleceram, desta feita, uma parceria para obter financiamento para a recuperação e revitalização do património costeiro, no âmbito do Mecanismo de Financiamento do Espaço Económico Europeu EEA Grants 2014-2021.































