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Nascido em Angola, o último filme realizado por Rui Goulart, foi seleccionado para o festival Internacional de Cinema dos Camarões – Camiff 2018.
A longa-metragem de 148 minutos incluiu filmagens feitas em Alcobaça, Caldas da Rainha, Bombarral, Porto de Mós, entre tantas outras localidades. Foi também rodado em Angola, Estados Unidos e no Brasil. Do elenco fazem parte os actores João D’Ávila, Adelaide João e Miguel Borges. Conta ainda com a participação de várias personalidades como o politólogo Jaime Nogueira Pinto, o bispo de Bragança, D. José Manuel Garcia Cordeiro e o antigo bastonário dos médicos, Germano Sousa.
Nascido em Angola conta a história dos muitos portugueses que viviam naquele país africano e foram surpreendidos pela revolução de 1974. “Abandonados pelo poder político português e enfrentando uma guerra civil em Angola 800 mil portugueses foram forçados a fugir, deixando tudo para trás, naquela que foi a maior ponte aérea e marítima da história”, explica nota sobre o filme que conta a história de Miguel, um desses “retornados” ou “refugiados” que fugiram de Angola. Quarenta anos depois ele vai procurar e encontrar outros como ele para ouvir as suas histórias.
Este é o 13º filme de Rui Goulart, depois de Em Obsessão (1988), Fábula em Veneza (1991), Abstrato (1997), Sem Destino – Lisboa Los Angeles… (2000), Pensão Internacional (2002), Estranhos Dias (2003), entre outros. É também o realizador de 1.ª Vez 16mm, o seu primeiro filme a estrear comercialmente nos Estados Unidos, tendo ganho vários prémios como o Los Angeles Movie Awards ou o Golden Palm, no México, em 2013. No ano seguinte foi também premiado no International Movie Awards in Jakarta e, já em 2015, 1.ª Vez 16mm foi distinguido como o melhor filme no Toronto International Film Awards.
