Depois de mais um ano de paragem, A Naifa voltou aos concertos e o CCC foi um dos locais contemplados com o regresso do fado tradicional com a junção da pop, no último sábado, 29 de Maio.
Passava pouco depois das 21h45 que Maria Antónia Mendes (voz), Luís Veratojo (guitarra portuguesa), Sandra Baptista (baixo) e Samuel Palitos (bateria) – estes dois últimos são novos elementos da banda -, entraram em palco para revisitarem temas dos anteriores álbuns, “Uma inocente inclinação para o mal”, “Três minutos antes da maré encher” e “Canções Subterrâneas”.
As canções que conjugam as linguagens clássicas do fado com a pop mais experimental, renderam os mais de 200 espectadorese, num espaço de uma hora e meia, onde se ouviram temas tão conhecidos como “Na aula de dança”, “O ar cansado dos meus vestidos”, “A verdade apanha-se com enganos” e “Um feitio de rainha”.
No entanto, este reencontro com o público também serviu de mote para um eventual regresso aos discos. A meio do concerto foi apresentado um tema novo – “Quando me disseste que me amavas” – que ainda vai ao encontro com o passado, visto que a letra e música do tema é do baixista e fundador dos A Naifa, João Aguardela (que faleceu em Janeiro de 2009, vítima de cancro). Mas a homenagem ao músico não se ficou por aí. No final do concerto, foi projectado num painel uma foto gigante de João Aguardela com a interpretação da música “Rapaz a arder” sob pano de fundo.
Esta ronda de espectáculos também serviu para a apresentação do livro/DVD biográfico, intitulado “Esta depressão que me anima”, no qual faz uma revisão dos primeiros quatros anos de carreira da banda, desde da selecção dos poemas à composição da música em si, passando pela galeria de fotos dos mais de cem espectáculos realizados.
No fim do espectáculo nenhum dos elementos do grupo se mostrou disponível para falar aos jornalistas, não tendo o representante da produtora respondido à Gazeta das Caldas.
Tânia Marques






























