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O Museu do Vinho de Alcobaça recebeu mais de 10 mil visitantes em 2018. Esta é a primeira vez que tal acontece desde que reabriu, em 2013, e representa um aumento de 46% face ao ano transacto. Foram mais 2500 pessoas que o anterior ano recorde (cerca de 8000 em 2016).
A Câmara de Alcobaça, que explora aquele espaço, informou que o ano que findou representa mais de um quarto do total de visitas desde a reabertura (mais especificamente, 28% dos 37.852 visitantes).
Para este resultado contribuiu decisivamente o aumento de grupos organizados, que representa mais de metade do total de visitantes. As visitas de escolas também aumentaram (13% face a 2017).
A maioria dos visitantes é portuguesa (88%), com apenas 12% de estrangeiros. Entre os portugueses, 18% são turistas locais.
O edifício do Museu do Vinho localiza-se na antiga adega de José Eduardo Raposo de Magalhães, que foi fundada nos finais do século XIX, já depois da extinção das ordens religiosas, durante o processo de replantação das vinhas que foi necessário pelo aparecimento de pragas.
Tratava-se então de um edifício moderno que exportava para os diferentes continentes e que ganhou vários prémios.
Em 1948 a adega foi adquirida e modernizada pela Junta Nacional do Vinho e 20 anos mais tarde, com o encerramento de várias delegações da Junta Nacional do Vinho pelo país, reúnem-se ali os materiais que delas provinham e é criado o museu.
Actualmente tem um espólio de 8500 peças móveis que remonta ao século XVII que ajuda a contar a História do vinho e que é proveniente, não só de Alcobaça, mas também de outras regiões vitivinícolas do país.
No último ano passaram pelo Museu do Vinho 18 eventos, como exposições, concertos, teatro, dança e workshops. Aquele espaço museológico foi utilizado no âmbito de cinco festivais locais: Books&Movies, Cistermúsica, Manobras, Marionetas na Cidade e Gravíssimo.
Em nota informativa, o presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, referiu que “o Museu do Vinho é uma das mais importantes e diferenciadoras valências do concelho” e que estes números deixam o executivo orgulhoso, “mas acrescem a responsabilidade de manter e superar os níveis de qualidade atingida”.
