Ministro da Cultura disponível para apoiar projectos de Óbidos Vila Literária

0
586
Gazeta das Caldas

DSC_0548 copyO ministro da Cultura, João Soares, esteve em Óbidos no passado dia 15 de Dezembro, para reunir com os mentores da Vila Literária (autarquia e José Pinho, da Ler Devagar), um projecto que considera particularmente interessante e o qual se mostrou disponível para apoiar.
Esta visita surge dias depois da classificação de Óbidos como cidade criativa da Unesco ao nível da literatura, uma chancela que, para o presidente Humberto Marques, vem “abrir um mundo de oportunidades” que o  município quer aproveitar, com a contaminação de todos os sectores de actividade económica.

“Empenhamento, facilidades e desburocratização nas decisões”, são algumas das facilidades com que o município de Óbidos poderá contar por parte do recém re-criado Ministério da Cultura, disse João Soares na sua visita. O ministro, que almoçou e reuniu com Humberto Marques, Celeste Afonso e José Pinho, destacou que o ministério da Cultura está disponível para os apoiar nos eventos “até ao limite das nossas possibilidades”.
E esse limite será o apoio financeiro, mas que o governante não está preocupado porque sabe que a autarquia tem recursos. “Nós temos uma responsabilidade nacional e estamos num contexto que é particularmente complicado”, referiu, destacando ainda que não faz promessas que não pode cumprir.
Aos jornalistas, e antes da primeira reunião de trabalho conjunta, João Soares manifestou a “admiração” pelo trabalho que tem vindo a ser feito pela autarquia de Óbidos e destacou a organização do Folio, um festival “absolutamente admirável”  onde veio por duas vezes, uma delas para apresentar um livro.
A acompanhar a aposta na vila literária há vários anos, João Soares, apaixonado confesso pelo livro, destacou a abertura inédita das várias livrarias pela vila, entre elas a da Igreja de Santiago, na qual teve uma “certa interferência” junto do Patriarcado de Lisboa para agilização do processo. Lembrou ainda que “poucos minutos depois de termos a informação, publicámos a posição do Ministério da Cultura e a minha própria de congratulação à Câmara de Óbidos pela consagração conseguida junto da UNESCO”, disse referindo-se à integração na rede mundial de Cidades Criativas da Literatura.
Para o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, esta classificação vem “abrir um mundo de oportunidades” que o  município quer aproveitar “até às últimas instâncias, com a contaminação de todos os sectores de actividade económica”.
O autarca garante que não pretende pedir apoio financeiro ao ministro, mas conta com ele para abrir portas e agilizar processos. “Encontrámos nele a pessoa que pode ser uma espécie de facilitador e pivot para a relação com outros membros do governo para uma estratégia que é maior do que a literatura”, disse aos jornalistas.
O objectivo passa por “traçar um plano de acção” que terá uma agenda muito mais sistemática dentro das livrarias e das bibliotecas que o município tem vindo a criar e descentralizar no território. O objectivo passa por dar um reaproveitamento a esses espaços, tornando-os locais de criação onde “determinados especialistas possam fazer conferências ou conversas à volta do café, chocolate ou da ginja e com isso chamar também os actores de cada um dos sectores de actividade económica”, exemplificou.
Humberto Marques destacou que actualmente, no contexto europeu, existe muito esta preocupação em “fazer misturas” e que Óbidos só tem a ganhar com isso. “Todos os eventos terão agora uma ligação à literatura”, disse, acrescentando que pretende criar “um conjunto de eixos comunicantes ligados a Óbidos vila Literária”.

- publicidade -