
A partir do dia 1 de Setembro, Matilde Couto, directora dos museus caldenses de José Malhoa e da Cerâmica vai passar também a dirigir, em regime de substituição, o Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré.
Segundo a directora regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, o concurso público para a nova direcção daqueles três museus (agora agrupados) será aberto em Dezembro ou Janeiro de 2013.
O novo modelo prevê que cada um dos museus tenha um coordenador, que será igualmente nomeado entre os técnicos superiores de cada um dos espaços museológicos. Esta decisão será conhecida em meados do mês de Setembro. Os coordenadores substituirão o director quando este não está presente. Os salários não reflectirão esse aumento de responsabilidade, dado que serão os mesmos, mas Celeste Amaro diz que será uma boa experiência curricular”.
Museu da Nazaré muda de edifício
As maiores preocupações do DRCC são para com o Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré “que vai ter que encerrar já que há falta de condições de segurança no próprio edifício”, disse a directora regional. Celeste Amaro pretende, no entanto, que se constitua nas proximidades do museu, no Sítio, um local onde se possa instalar um núcleo museológico até que haja uma decisão sobre o que fazer com o Museu Dr. Joaquim Manso. A directora regional conhece o projecto de Siza Vieira para a renovação do Museu Joaquim Manso, mas reconhece que não haverá dinheiro para avançar com a obra.
O museu fica na casa e terreno cedidos para que se constituísse o Museu da Nazaré e agora será a nova directora, Matilde Couto, “que irá gerir esse processo de transição para um novo local”, disse Celeste Amaro, acrescentando que o espaço actual “não aguentaria mais um Inverno”.
Ainda assim, Celeste Amaro garantiu que a Nazaré “não ficará sem o seu Museu”.
O Museu de Nazaré tem uma equipa de oito funcionários e a própria colecção – muito ligada às tradições marítimas – também ela, está a necessitar de ser requalificada.
Museu Malhoa é um dos melhores da região Centro
Os vários museus oestinos vão ter horários alargados no Verão e mais curtos no Inverno, para que seja possível, por exemplo, “tomar um café e visitar uma exposição à hora do almoço, disse à Gazeta das Caldas a directora regional. Aos fins-de-semana, que são dias de maior procura, os museus terão também horários que não fecham à hora de almoço.
Para Celeste Amaro, o Museu de José Malhoa “está entre os melhores da região Centro e aproxima-se dos seus congéneres europeus”. A responsável gostaria que este museu, bem como todos os outros que tem sob sua tutela, tivesse um maior número de visitantes.
Os museus terão como meta tornarem-se sustentáveis, ou seja, que as suas receitas sejam suficientes para assegurar os seus custos. Os salários dos funcionários continuarão a ser assegurados pelo Estado.
Celeste Amaro ainda acrescentou que os museus vão ter novo merchandising relacionado com as colecções dos próprios museus e garantiu que este “será atractivo e não muito caro”. A directora regional garantiu que o preços das entradas não irá aumentar.
A director regional está hoje nas Caldas da Rainha para reunir com responsáveis da Câmara e do Grupo de Amigos do Museu de Cerâmica de modo a fazer-se uma avaliação para a ampliação daquele espaço. Em causa está também a possível transferência deste activo, hoje tutelado pela Direcção Regional de Cultura do Centro, para a autarquia.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt






























