Manuela Cristovão expõe gravuras nas Caldas

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Foi docente na ESAD e viveu na cidade termal durante sete anos. Passadas três décadas, a autora regressa para dar a conhecer as suas obras

Abriu a 8 de julho, na galeria do Posto de Turismo das Caldas, a mostra “Universus Primus” de Manuela Cristóvão.
A autora, docente na Universidade de Évora, integrou, em 1991, o grupo inicial de docentes da ESAD, nas Caldas da Rainha.
“Passados 30 anos, estou de regresso às Caldas para expor”, disse a artista sobre esta exposição individual que conta com curadoria da Célia Bragança, docente da escola de artes caldense.
A mostra apresenta perto de 30 gravuras, de várias dimensões, feitas com recurso a várias técnicas desde as mais tradicionais até às digitais.
“Há um conjunto de trabalhos que desenvolvi há dois anos e expus em Espanha relacionadas com o jardim do Éden”, disse Manuela Cristovão, que tem uma série sobre esse tema, um jardim que é proibido e inatingível. Noutra série, a artista reflete sobre o próprio ciclo da vida, seja humana seja associada à natureza.

As suas obras refletem sobre o Jardim do Éden e também sobre o ciclo da vida, humana e também relacionada com a Natureza

Nos seus trabalhos, a autora reflete sobre o percurso de vida, sobre o seu próprio percurso e “sobre as marcas que vamos ganhando, umas que ficam na pele e outras que se deixam marcadas na areia do deserto”, comentou a professora, doutorada em Artes Plásticas pela Universidade de Évora, e com mestrado em Comunicação Educacional Multimédia pela Universidade Aberta.
Enquanto lecionou na ESAD, Manuela Cristóvão viveu no concelho das Caldas e chegou a participar em exposições de professores da escola de artes caldense.
A artista ainda organizou e fez parte da exposição de associação de gravura Água-Forte, que teve lugar no CCC em janeiro de 2018 e se dedicou à divulgação da gravura contemporânea.
A autora tem feito investigação no campo das artes visuais e dedica-se aos estudo da utilização de diferentes técnicas na descoberta dos processos, na criação de imagens e conceitos estéticos.
Tem também coordenado e orientado workshops na área da gravura tradicional e por processos não tóxicos. Também organiza exposições e colóquios nas áreas do Desenho e das Técnicas de Impressão.
“Universus Primus” está patente até 31 de julho. Pode ser vista de segunda a sábado entre as 10 e as 13h00 e entre as 14 e as 16h00. ■

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