Manel Cruz e Marinho encheram o CCC

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O ex-vocalista dos Ornatos Violeta, Manel Cruz, deu um concerto intimista

Duplo concerto na noite de sexta-feira, integrado no festival Impulso, encheu o grande auditório do centro cultural e de congressos

Marinho, a banda de Filipa Marinho, abriu mais uma noite de concertos do festival Impulso, na passada sexta-feira, 25 de março, com o grande auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas praticamente lotado.
Acompanhada dos Chavalos Marinhos, como chama a sua banda, Filipa Marinho apresentou no Impulso o seu trabalho, dando a conhecer a voz, mas também o seu talento na composição das músicas e o seu humor, sempre presente entre cada tema. Um dos grandes momentos foi quando apresentou “Ghost Notes”, mas também quando desafiou o plateia a dançar um dos temas mais “mexidos” da banda.
No Impulso, a jovem levou a palco um tema ainda sem nome, sugerindo que a plateia pensasse em títulos para a mesma e lhes fizesse chegar. “É uma honra muito grande tocar no mesmo sítio onde vai tocar a seguir o Manel Cruz”, referiu, contando que o irmão, que faz parte da banda, ficou extasiado por, durante o jantar antes do concerto, estar a comer carne de porco à alentejana ao lado deste artista. No final, agradeceram ao Impulso pelo convite e pelo cumprir de “uma promessa de dois anos, o que hoje em dia é raro”.
A atuação acabou com grande energia, antes de um intervalo e de uma receção calorosa a Manel Cruz, que ao entrar, parecia que já tinha terminado o concerto, tal foi a salva de palmas. Em palco, sozinho, com os seus instrumentos, Manel Cruz, numa apresentação muito intimista e pautada pela boa-disposição do artista. “Vou dizer-vos uma coisa que nunca disse: vocês são o melhor público que já tive”, brincou.
Com uma “Invenção da Tarde” iniciou o concerto, no qual tocou temas dos tempos da Toca do Bandido, como “Quem sabe” ou a “Borboleta”, que lhe lembra uma história de criança. “Sempre fui obsessivo e um dia deu-me para caçar borboletas, então fui para a praia com os meus amigos e uma caixa de sapatos onde coloquei as borboletas”, mas mais tarde, quando as viu estavam “feias”. “Percebi que elas era mais bonitas livres, a voar”, disse. Entre “O Navio Dela” e o “Beija-flor” chegamos à conclusão de que “Ninguém é quem queria ser”, antes de apreciarmos a “mais pequena música da Europa”. A “Vida Nova”.
O caldense Amador Fernandes gostou da noite. “Vim mais pelo Manel Cruz, mas esperava que viesse com banda, a solo foi muito fixe e muito interessante”, referiu à Gazeta das Caldas, acrescentando que “não conhecia os Marinho, mas foi bom, com uma onda positiva”. A terminar, o jovem elogiou o festival, deixando os seus votos de “que o Impulso volte ao Parque D. Carlos I”.
Mónica Tonelo, outra caldense que assistiu ao concerto, também decidiu vir a este concerto porque há vários anos que gosta da música de Manel Cruz. “Gostei muito do concerto, gosto sempre de ver o Manel Cruz”, referiu. “Acho muito importante a existência do Impulso para as Caldas”, disse, notando que todos os eventos culturais são bem-vindos à cidade termal.

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