Lucinda Pratas lançou Muralhas Derretidas na Biblioteca

0
698

“A poesia está presente em todos os momentos da minha vida”, diz Lucinda Pratas, a poeta que lançou o seu segundo livro, Muralhas Derretidas, no sábado, 3 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal. A autora, de 56 anos, já tinha participado com alguns poemas numa antologia e este é o seu segundo livro a solo.

“A minha poesia é muito intimista. Fala de mim, do que penso e sinto e também fala sobre os outros”, disse Lucinda Pratas, acrescentando que o seu poeta favorito é Fernando Pessoa, apesar de apreciar outros escritores como António Lobo Antunes. É admiradora do psicólogo e psicanalista Eduardo Sá pois acha que “ele não fala, ele diz poesia”.
O título do livro, Muralhas Derretidas, é retirado do primeiro poema da obra e refere-se aos sentimentos que nutre pelos filhos. E, tal como a água, derrete as muralhas dos castelos que se constroem na areia, também os sentimentos são capazes de derreter obstáculos, comparou.
Natural de Moçambique, Lucinda Pratas vive há 33 anos nas Caldas. Depois de dois anos no desemprego, a poeta voltou ao mercado de trabalho em Novembro, como empregada de limpeza. A autora foi sempre trabalhando, num call center e como governanta, e contou que entre os trabalhos que mais lhe custaram foi a venda de serviços porta a porta de televisão, internet e telefone. Nas Caldas, Lucinda Pratas também teve uma marisqueira, negócio que teve que fechar por causa da crise.
“Tenho dois problemas: idade e qualificações a mais”, disse a autora, que é assistente social e possui várias pós-graduações na área de Menores e da Adopção.
O livro foi lançado com o apoio da Comunidade de Leitores e contou com a actuação de alunos da Escola de Música de A-dos-Francos. O próximo evento deste grupo terá lugar a 8 de Abril, altura em que será comemorado o Dia Mundial da Poesia.

- publicidade -