“Amicis e o Fantasma da Foz” é como se designa o primeiro livro de Maria Ferreira, que foi apresentado a 9 de Novembro na Biblioteca Municipal. Esta obra tem chancela das edições Vieira da Silva e está à venda na Gazeta das Caldas.
O auditório da Biblioteca encheu-se de gente, sobretudo de familiares e amigos da escritora Maria Ferreira, para com ela partilharem o momento de lançamento deste seu primeiro livro. No palco, há pinturas de Manuel Taraio (falecido em 2008), que, tal como a autora, era um apaixonado pela Foz do Arelho. Em fundo passam fotografias da região tiradas por Pedro Olivença.
Maria Ferreira cumprimenta os presentes um a um e mantém com alguns dois dedos de conversa. Entretanto chega o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, que vai dividir mesa com a autora, o presidente da Assembleia Municipal, Luís Ribeiro e com Mário Xavier, colega de Maria Ferreira e o primeiro revisor deste livro. Todos proferiram palavras calorosas à escritora e à obra, que tem como cenário a região Oeste.
“É uma obra juvenil mas os adultos também a podem ler”, disse Mário Xavier, que acha que a sua amiga tem uma grande imaginação, tendo por isso conseguido fazer um livro “interessante e bem estruturado”.
Luís Ribeiro foi o senhor que se seguiu. Lido o livro, o presidente da Assembleia Municipal fez uma apresentação da obra que cativou o público, tendo mesmo afirmado que o livro “poderia dar origem a um guião para um filme”. Na sua opinião, este poderia contribuir para atrair visitantes a esta região. E terminou a sua intervenção com suspense…“Se numa manhã de nevoeiro passearem junto à Lagoa e avistarem alguém vestido de verde, tenham medo, muito medo…”.
A história tem referências históricas relacionadas com a região, sobre a vinda dos refugiados judeus, situações do pós-guerra e ainda com estranhos e insólitos avistamentos nesta zona.
Tinta Ferreira não ficou indiferente ao repto de Luís Ribeiro e comprometeu-se avaliar junto de outros interlocutores se esta obra poderá no futuro ser um guião cinematográfico.
A autora mora na Foz do Arelho e diz que está interessada em divulgar a região onde vive, “sobretudo a Lagoa e os seus nevoeiros míticos”.
Em “Amicis e o Fantasma da Foz” há cinco jovens que estão a frequentar um campo de férias e que tomam contacto directo com o património oestino com muitas passagens pelas Caldas. “Faço referência aos recursos naturais como também ao património cultural”, disse a autora. A obra percorre Óbidos e a acção vai terminar na Berlenga. “Quem quiser pode até estabelecer um roteiro, através do livro, para passar férias nesta zona”, disse Maria Ferreira, que trabalha no Ministério da Justiça. A autora contou que escreveu este primeiro livro “como se estivesse numa sala de cinema e descrevi as coisas tal e qual como gostaria de as ver”. Por isso ficou contente com a alusão de Luís Ribeiro de que a obra poderia ser um guião de cinema. Maria Ferreira já está a escrever a segunda aventura das cinco personagens (três rapazes e duas raparigas) mas agora o cenário escolhido foi a sua terra natal, Torres Novas.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt































