Portugal tem material inesgotável para fazer humor, como demonstrou José Pedro Gomes com “Vai-se Andando”, na noite de 24 de Abril.
Ao lado de um gigantesco Galo de Barcelos, o humorista dedicou mais de uma hora e meia a tentar perceber o que faz dos portugueses um povo tão especial. “Isto é um manancial inesgotável. Há muitos temas por onde podemos pegar”, disse.
A peça volta a juntar a dupla de “Conversa da Treta”, mas desta vez António Feio encena e José Pedro Gomes interpreta o monólogo com textos de Nuno Artur Silva, Filipe Homem Fonseca, Luísa Costa Gomes, Henrique Dias, Eduardo Madeira, Nuno Markl e Nilton.
É com muito sarcasmo que se fala sobre os portugueses, em áreas como a sexualidade, o clima, a relação com a comida e com o trabalho. “Temos personagens muito próprias de Portugal”, referiu José Pedro Gomes, que terminou o espectáculo a falar sobre os novos portugueses. “Os filhos dos africanos, dos brasileiros ou dos ucranianos, que vão trazer outras coisas”, afirmou, lembrando que os portugueses sempre foram uma mistura de vários povos. Afinal o “melting pot” em Portugal é a caldeirada, como tão bem define neste espectáculo.
Esta foi a terceira vez que José Pedro Gomes actuou no CCC, depois de ter participado nas peças “Os melhores sketches dos Monty Python” e “A Verdadeira Treta”, sempre com casa cheia, tal como aconteceu desta vez.






























