O caldense João Serra é o coordenador da equipa que vai trabalhar na candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura em 2027. O investigador foi convidado para este cargo depois de já ter presidido à Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012. O historiador e pró-presidente do IPL está a coordenar outros projectos em Torres Vedras e ainda em parceria com a Visabeira em que vai comissariar uma exposição de faianças da Fábrica Bordallo Pinheiro que será apresentada no Museu Grão Vasco, em Viseu.
O investigador que presidiu à Fundação Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura foi agora o escolhido pelo presidente da Câmara da capital de distrito, Raul Castro, para coordenar a candidatura de Leiria, cuja primeira fase deverá estar concluída em 2020 para que a escolha final seja tomada em 2023.
À Gazeta das Caldas João Serra explicou que aceitou o convite pois considera que Leiria e os leirienses “têm uma narrativa com sentido e interesse sobre a sua história para Portugal e para a Europa”. Por isso, diz que tem todo o gosto em coordenar esta equipa já que partilha com o edil leiriense a ideia de ver a capital de distrito escolhida para ser capital europeia da cultura.
João Serra foi ainda o orador convidado da sessão solene comemorativa do Dia do Município em 2013, que se assinala a 22 de Maio, no Teatro José Lúcio da Silva. Na sua intervenção – designada “Cidades de hoje, desafios do futuro” – defendeu a política cultural como essencial para o desenvolvimento da política urbana.
Todo este processo de consulta teve o envolvimento do presidente e vice-presidentes do Instituto Politécnico de Leiria, algo que deixa João Serra muito satisfeito já que “a envolvência do ensino superior é algo essencial para a consolidação de uma candidatura deste tipo”, disse.
Importante, nesta fase inicial, é “a colaboração e o empenho das instituições de Leiria que têm crescido e se têm afirmado”, comentou João Serra, que agora pretende “encontrar os parceiros fundamentais, necessários a uma candidatura vitoriosa”.
Além do território e da centralidade urbana de Leiria, esta candidatura terá um âmbito regional onde se incluem localidades vizinhas como Fátima, Batalha ou Alcobaça. “Haverá mais parcerias pois queremos juntar forças e ter outros pólos na região, tal como tem sido apresentado por outras candidaturas na Europa”, afirmou João Serra, acrescentando que o processo relacionado com a candidatura de Leiria “é tão ou mais importante que o próprio resultado”. É que, enquanto esta decorre, “aprende-se constrói-se e cria-se um projecto a longo prazo”, disse o caldense.
Torres Vedras e as Faianças de Bordallo
O historiador caldense está também envolvido num projecto com o pelouro da Cultura de Torres Vedras. Encontra-se a trabalhar na elaboração de um documento estratégico que possa servir de guia ao que se projecta no futuro das instalações do Instituto da Vinha e do Vinho daquela cidade, edifício que foi adquirido pela autarquia. Vai coordenar a equipa que está a pensar os projectos e valências que se poderão desenvolver no futuro daquele espaço e que poderão ser de várias áreas desde o social, passando pela cultura, sem esquecer o empreendedorismo.
João Serra vai comissariar igualmente uma exposição da Fábrica Bordallo Pinheiro que vai ser apresentada no Museu Grão Vasco em Viseu, em Setembro. O historiador iniciou agora os trabalhos com a Visabeira, empresa detentora da unidade industrial caldense e que tem a sua sede social em Viseu. Da mostra farão parte peças do acervo da fábrica, de museus e de colecções particulares.






























