“Caldas da Rainha: um Roteiro”, da autoria do investigador João Bonifácio Serra e do fotógrafo João Martins Pereira, ambos caldenses, foi apresentado na terça-feira, 18 de Abril, na Galeria do Espaço Turismo que foi pequena para todos quantos queriam assistir a esta apresentação. Esta foi feita pela jornalista Maria João Avillez.
“Caldas da Rainha andavam cabisbaixas e não era só eu que achava”, afirmou a jornalista Maria João Avillez no início da apresentação do novo roteiro. “Faltava viço, vitalidade, visão. E até um pouco de velocidade”. Para a convidada Caldas deixara de ser a cidade “eufórica” como o João Serra “nos lembra que ela já foi, visitada e procurada pelo melhor de Portugal”. Foi como se a cidade “tivesse desistido de si própria e deitado fora os seus pergaminhos”.
Este roteiro, disse a convidada “reconcilia a cidade como ela é, voltando a fazer de nós seus admiradores, seus fieis e sobretudo seus indispensáveis parceiros”.
A jornalista percorreu em seguida os momentos chave da história caldense sem esquecer que a terra foi destino real, vilegiatura da aristocracia, porto de abrigo de refugiados, poiso de oposicionistas ao antigo regime e sede da mais genial cerâmica do país. Avillez diz que nesta obra “há um sinal onde se expressa um desejo de renovação, de recomeço, de voltar à vida”.
João Serra, na sua intervenção agradeceu ao fotógrafo João Martins Pereira, cuja integração neste projecto foi decisiva, dado que “raramente texto e fotografia terão logrado uma tal proximidade, uma quase fusão”, acrescentando que esta brochura “tem uma dupla autoria”.
Os autores propõem neste roteiro quatro rotas: a Verde, a Amarelo-Mel, a Vermelho-Cereja e a Azul Cobalto por onde ambos deambularam, descobrindo e propondo os traços distintivos e próprios “da cidade onde crescemos”, afirmou o historiador que dedica este trabalho aos seus netos (uma geração de caldenses nascidos no séculos XXI) e também a todos os que criaram “um nexo de vida com as Caldas”.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, sublinhou que este trabalho “é um verdadeiro up-grade aos Cadernos de História, editado em 1997 que foram muito úteis a quem quis conhecer a história da cidade”. Apesar de terem existido outras edições sobre Caldas, a de 1997 foi sempre “a mais procurada”, segundo o edil caldense. O presidente salientou que a obra que reune as quatro novas rotas “vai servir por mais 20 anos”. O presidente destacou também o facto dos autores terem feito este projecto pro bono, ou seja de forma benévola, “algo que é um acto de cidadania” e que estas dádivas “são fundamentais para a vida em comunidade”.
Nesta primeira edição foram feitos 10 mil exemplares de “Caldas da Rainha: Um roteiro” que se destinam a ser distribuídos aos visitantes da região.































