Seis concertos, vários esgotados revelam que Jazz está consolidado nas Caldas
A edição deste ano dos Dias do Jazz contou com seis concertos, que se realizaram aos fins de semana, entre os meses de setembro e de novembro. O festival voltou a contar com um conjunto de atividades paralelas, “cumprindo os objetivos traçados: promover a diversidade musical, o intercâmbio cultural e a identidade cultural da cidade”, disse Mário Branquinho, o diretor do CCC.
Além dos concertos que contaram com o melhor do jazz nacional e com algumas notas importantes do jazz norte-americano, o CCC quer manter a parceria com o Conservatório das Caldas que assegura as ações do “Jazz nas escolas” e a ida à prisão das Caldas, atividades que segundo o diretor são para manter. Até porque através das propostas em parceria “chegamos a públicos mais jovens”.
A edição deste ano teve um concerto warm up e outro de encerramento com formações americanas.
A abrir Michele David & The True-Tones que trouxe ao CCC uma fusão de gospel, soul, jazz e ritmos quentes. O encerramento foi garantido pela pianista e cantora americana Dena DeRose que tem atuado em algumas das mais prestigiosas salas de espetáculo do mundo, de Nova Iorque até ao Japão. Em outubro, atuou o Solaris Quarteto, grupo que inclui o pianista caldense Aurélien Lino. O grupo apresentou-se com um repertório jazzístico numa combinação equilibrada entre arranjos e improvisação. O Eixo do Jazz Ensemble 8teto, que inclui músicos do jazz nacional e da Galiza, destacou-se pela riqueza das suas influências e pela abordagem inovadora à música improvisada. A Orquestra do Hot Club marcou uma vez mais presença, desta feita com Impermanências, projeto que promove a criação de obras originais através da colaboração com compositores nacionais.
Já o Sexteto de Jazz de Lisboa , a celebrar os seus 41 anos, trouxe às Caldas os grandes nomes do jazz português: Mário Laginha, Mário Barreiros, Tomás Pimentel, Edgar Caramelo, Ricardo Toscano e Francisco Brito, tendo contribuído para “uma das noites mais vibrantes do festival”, disse o diretor. “Os concertos registaram forte adesão de publico, com vários praticamente a esgotar a lotação do grande auditório do CCC”, referiu Mário Branquinho. Após as atuações em sala, as noites prolongaram-se no café-concerto do CCC com as Jam Sessions, onde se apostou na improvisação. Num dos sábados, o palco do café-concerto esteve por conta de João Heliodoro Quinteto e noutro por uma formação do Conservatório de Música das Caldas.
Dias do Jazz está consolidado e quer “reforçar o seu papel de promoção da diversidade musical, intercâmbio e identidade cultural das Caldas”, rematou.































