Imagens da guerra civil de Espanha em exposição em Óbidos

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Museu Municipal de Óbidos
Agustí Centelles é considerado o grande fotógrafo da Guerra Civil Espanhola. Algumas das suas fotos estão agora no Museu Municipal de Óbidos.

O Museu Municipal de Óbidos acolhe, até finais de Janeiro, a exposição de fotografia “[Todo] Centelles”. Agustí Centelles (1909-1985) é considerado o grande fotógrafo da Guerra Civil Espanhola , que decorreu entre 1936 e 1939, e as suas imagens abarcam o período histórico desde a II República até aos campos de concentração dos refugiados espanhóis, em França, onde este esteve também detido durante meses.
Esta mostra é também um pré-anúncio do que será o grande tema do Folio em 2017: as Revoluções.

Mais de uma centena de imagens da Guerra Civil Espanhola captadas pela objectiva do fotógrafo Agustí Centelles (1909-1985) podem ser apreciadas em Óbidos até 31 de Janeiro. As fotografias abarcam o período da II República Espanhola, do início da Guerra Civil, da Frente de Aragão e, mais tarde, do campo de refugiados de Bram (em França), documentando as difíceis condições de vida dos detidos.
A mostra “[Todo] Centelles”, que se encontra patente no Museu Municipal, é promovida pela Fundação Pablo Iglesias e Instituto Cervantes e é apresentada como uma das “mais poderosas exposições fotográficas que podem ser vistas hoje”.
A fundação refere que Agustí Centelles, com a sua extensa formação em retoque, fotogravura e técnicas de fotografia de interiores, concebeu um conceito diferente de olhar para o ambiente intenso que lhe estava próximo. “Como outros editores gráficos espanhóis contemporâneos, ele avançou com uma nova visão da realidade que hoje encontramos com todo o poder descritivo em cada uma das suas imagens”, salienta.
E porquê Óbidos para receber a exposição do conceituado fotógrafo, também apelidado de “Robert Capa espanhol”? Porque o Instituto Cervantes é parceiro da Óbidos Vila Literária e esta vila é um dos locais privilegiados para as suas apresentações. Inicialmente a mostra estava prevista para o período em que decorreu o Folio (22 de Setembro a 2 de Outubro), mas acabou por ser adiada permitindo-lhe uma outra “amplitude e visibilidade”, explica a vereadora da Cultura, Celeste Afonso.
Esta exposição acabou por alternar com a dos D. Quixotes de Júlio Pomar, que se encontrava patente no Museu Municipal, e que passou agora para o Instituto de Cervantes, em Lisboa.
“[Todo] Centelles”, que já passou por Bilbao, Sevilha, Madrid e Lisboa, é também um pré-anuncio do que será o grande tema do Folio em 2017 – as Revoluções.
A autarca destaca que ninguém fica indiferente à exposição. “Não estão à espera de encontrar uma mostra deste tipo no museu municipal e ficam agradavelmente surpreendidos e emocionados”, conta à Gazeta das Caldas.
Estão também previstas sessões para as escolas, com visitas guiadas, tendo em conta que está é uma temática abordada na disciplina de História.

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