“Grandes Hotéis das Caldas do Gerêz” foi escrito desde 2012, no ano seguinte ao lançamento da obra sobre o Lisbonense. E como este segundo livro é um estudo inédito, a Câmara Municipal de Terras de Bouro (concelho a que pertence as Caldas do Gerês) decidiu editar o estudo, no próximo dia 20 de Outubro, pelas 11h30 no Museu da Geira, na freguesia do Campo do Gerês.
O autor trabalha em Conservação e Restauro no Eco-Museu de Montalegre e sente-se muito ligado às Caldas ”onde ganhei o gosto pelo termalismo e pela hotelaria antiga”, disse à Gazeta das Caldas.
Para o livro sobre Caldas de Gerês, Vincent Martins recuou até 1882 e caminhou até 2015 para contar o surgimento e o historial de cada unidade hoteleira.
Também se dedicou a descobrir a quem pertenceram os hotéis, tendo feito o estudo genealógico de cada proprietário ou concessionário hoteleiro que se estabeleceu nas Caldas de Gerês. Da obra fazem parte os eventos históricos que surgiram neste espaço de tempo, como a visita real em 1887, a Grande Caçada do Gerês em 1908 e acontecimentos dramáticos tais como os incêndios de algumas unidades hoteleiras.
O estudo inclui ainda a arquitectura de cada hotel, tanto no caso das construções como das ampliações.
“Grandes Hotéis das Caldas do Gerêz” é ilustrado com vários bilhetes-postais da colecção do autor que permitem visualizar o ambiente e as características do termalismo geresiano. Composto por 238 páginas, o livro conta com prefácio de Rosa Moreira da Silva, fundadora do curso de Geografia na Faculdade de Letras do Porto.
Vincent Martins nasceu em Versailles, o pai é do Bombarral e a mãe é de Lisboa. Formou-se em Conservação e Restauro de Madeira e Mobiliário e foi no âmbito académico que editou o seu primeiro livro dedicado ao Hotel Lisbonense. Segundo o autor, esta unidade hoteleira caldense “é um símbolo do termalismo e de uma sociedade com glamour que hoje em dia desapareceu”. Depois das Caldas do Gerês, o autor quer continuar a estudar a antiga hotelaria, ligada às termas portuguesas.