Glenn Miller Orchestra no Caldas Nice Jazz

Glenn Miller Orchestra, Hailey Tuck, John Pizzarelli, Jordi Rossy e Filipe Melo Trio, Sofia Ribeiro, Chizhik Jazz Quartet e Daniel Bernardes Crossfade Ensemble são os nomes que compõem a programação principal deste ano do Caldas Nice Jazz. Mas durante um mês há muito mais jazz na cidade.
A Orquestra do Monte Olivett na estação rodoviária, The Rite Of Trio no Café concerto do CCC, a Escola de Jazz do Porto na EHTO, Shiwa no bar Cocos, Catarina Rodrigues Trio no Fruta da Casa, a Orquestra Ligeiríssima de Óbidos na Praça da Fruta, e Bossa e Outras Novas no Sana Hotel são as propostas.
Este ano o festival de jazz caldense apresenta o segundo workshop de Big Band, cuja apresentação final se realiza a 9 de Outubro. Esta formação reúne jovens músicos entre os 14 e os 30 anos sob a batuta do maestro Adelino Mota e decorre entre 17 de Setembro e a data da apresentação. Daniel Bernardes (piano e secção rítmica), João Capinha (saxofones/madeiras), Rúben da Luz (trombone/metais) e Inês Sousa (voz) são alguns dos artistas convidados.
O projecto “O Jazz Vai às Escolas” também se irá voltar a realizar em duas escolas do concelho – Carvalhal Benfeito e Santa Catarina -, entre Setembro e Outubro. Dura seis semanas, sendo que em cada uma se realizam duas aulas de 90 minutos em dias seguidos.
Outra das novidades desta edição é um atelier de música improvisada que irá recriar o Auto de S. Martinho, de Gil Vicente (1504) e que se realiza entre 8 de Outubro e 6 de Novembro (data da apresentação, como pré-abertura do concerto de Daniel Bernardes Crossfade Ensemble que encerra o festival deste ano). Este atelier conta com a orientação de Daniel Bernardes na vertente musical e Ana Cláudio na vertente dramatúrgica.
Os livre trânsito, que incluem acesso aos oito espectáculos da programação principal, custa 90 euros (camarotes e tribuna) ou 110 euros (1ª e 2ª plateias). Em separado, a presença em todos os espectáculos custaria no mínimo 120 euros, sendo que apenas para o concerto de Glenn Miller o valor dos bilhetes é de 40 euros. Serão ainda lançados os bilhetes-família.
Este ano existe ainda um concurso de fotografia, que conta com o apoio do nosso jornal, e que tem como objectivo divulgar o cidade e o festival além fronteiras.
Carlos Mota, director artístico do CNJ, explicou à Gazeta das Caldas que o cartaz deste ano coloca o Caldas Nice Jazz “ao nível dos melhores festivais que se fazem em Portugal” e esclareceu que o jazz na cidade enquadra jovens grupos portugueses, entre os quais alguns valores da região como as orquestras do Monte Olivett e a Ligeiríssima de Óbidos.
Salientou o facto de este festival reunir não apenas o jazz que é acessível ao grande público, como também “uma preocupação latente relativamente à formação de jovens músicos da região”, como os projectos de formação comprovam.
“O festival ganhou asas para a cidade”, afirmou, notando que extravasa as “fronteiras” físicas do CCC. Este ano, pela primeira vez, o jazz chega até à Foz do Arelho.
Será também lançado o terceiro CD do festival. São esperadas pela organização entre 200 a 400 pessoas por espectáculo. O CNJ custa “entre 30 a 40 mil euros”, sendo que apenas os apoios de divulgação (RTP e Gazeta das Caldas) ultrapassariam esse valor facilmente. Conta ainda com apoios publicitários e da autarquia que representam 50% do custo base.