Fotógrafos no palco dos 30 anos do Teatro da Rainha

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teaRainha1987MuseuMalhoaO Teatro da Rainha está a celebrar o seu 30º aniversário e o programa comemorativo abriu no domingo, 1 de Fevereiro, com a exposição Os Fotógrafos da Rainha – 30 Anos de Teatro que agora ocupam a sala-estúdio do grupo onde habitualmente o teatro acontece. A inauguração da mostra surpreendeu  os presentes pelo arrojo cénico em que as próprias imagens ganham vida, como se de personagens em representação se tratassem. A não perder, a mostra pode ser vista até 10 de Maio.

Dezenas de actores, fotógrafos e muitos amigos do grupo de teatro caldense, reuniram-se no domingo, 1 de Fevereiro na  Sala Estúdio do Teatro da Rainha. Esta abriu-se não para dar lugar à representação, mas às muitas imagens sobre as peças que foram captadas ao longo destas três décadas de vida do grupo.
“O teatro é uma arte efémera e a melhor forma de cristalizar esses momentos é através da fotografia”, disse José Carlos Faria, um dos responsáveis pelo grupo que desde o início “sempre teve a sorte de colaborar com grandes fotógrafos”.
E foram de facto muitos os autores de imagens. Desta exposição fazem parte momentos captados por Acácio Carreira, Álvaro Corte Real, Ana Pereira, Augusto Baptista, Eduardo Gageiro, João Tuna, José António Silva, José Pessoa, Margarida Araújo, Nuno Finote, Paulo Nuno Silva e Valter Vinagre. Há várias fotografias de representações de dezenas de peças, mas há também de momentos de pausa numa lógica que reflecte, não só o palco, mas também o universo dos bastidores, reportando “o que não se vê o que está atrás do pano”. E isto porque de uma representação também fazem parte os ensaios, a preparação e as leituras. Ou seja, “foi todo um universo em ebulição que foi capturado ao longo destas três décadas e que nos foi devolvido pelos fotógrafos, quase dentro de um cristal ”, comentou José Carlos Faria.
Agora nem só de comemorações vive um grupo. É preciso pensar no que se segue “agora a caminho de um novo patamar, com a construção do novo edifício”.
Neste momento o grupo de teatro caldense está a trabalhar em co-produção com Teatro Nacional de S. João no Porto e vai estrear nova peça a 13 de Março. Fica na Invicta até 27, Dia Internacional do Teatro e depois transfere-se para o D. Maria, em Lisboa. Em Abril, a peça deverá ser apresentada nas Caldas, no CCC.

Nova sede aguarda apoio comunitário

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Presente na mostra esteve o presidente da Câmara, Tinta Ferreira que salientou a qualidade dos trabalhos, dos autores e actores retratados. “Todos contribuem para esta  descrição de 30 anos de teatro de um grupo que tem promovido a cultura, não só nas Caldas como em todo o pais”, afirmou o edil. O autarca fez questão de sublinhar que o município tem apoiado o grupo que agora já não pode contar com o mesmo tipo de apoio que era dado pela administração central. “Já investimos 100 mil euros na aquisição do projecto para a nova sede do grupo”, disse Tinta Ferreira, acrescentando que nesta nova infra-estrutura, além dos espectáculos, o Teatro da Rainha vai dedicar-se também ao ensino profissional na área de Teatro.
O novo edifício, que vai ficar na Praça da Universidade, está orçado num milhão de euros e por isso a sua construção depende da obtenção de fundos comunitários. Os regulamentos de acesso ao novo quadro comunitário ainda  não saíram e como tal “ainda não estão garantidos”, rematou o edil.

 

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