Dez formandos do curso de Logística, promovido pela Megaexpansão, visitaram a exposição Atelier 2, que esteve patente no museu Bernardo, e tiveram uma conversa de mais de uma hora com o artista, João Belga, e o responsável por aquele espaço, Pedro Bernardo.
A ideia desta iniciativa foi de Irina Duarte, formadora de Cultura, Língua e Comunicação, que achou pertinente “trazer o grupo para um espaço alternativo”.
Pedro Bernardo começou por apresentar a fanzine “Six Pec”, elaborada por várias pessoas durante o período em que a exposição esteve patente no museu, e que só tem 50 exemplares à venda.
Para o responsável daquele espaço, foi importante organizar uma visita destas porque o “museu” que dirige tem a intenção de abranger toda a gente.
Como o seu projecto não tem uma intenção comercial, de venda dos trabalhos expostos como acontece numa galeria de arte, o maior interesse “é que as pessoas e a arte estejam mais perto”.
Ao utilizar o nome museu Bernardo, o seu responsável explicou que “mais do que satirizar, pretendeu-se pôr em questão o significado das próprias palavras”.
A maior parte dos formandos referiram que não conheciam o projecto de Pedro Bernardo, mas acabaram por admitir que também nunca tinham visitado outros museus caldenses. “Se eu não jogo xadrez é normal que não saiba se há quem jogue ou se há torneios desta modalidade, mas se me interessar por isso acabo por saber tudo”, comentou Pedro Bernardo, que salientou a importância se criarem hábitos culturais nas pessoas.
“A arte não é para elites, mas também não é para toda a gente porque senão não é arte”, defendeu.
Questionado por um dos alunos, Pedro Bernardo afirmou que embora queiram chegar a todas as pessoas “nunca seremos mainstream” (cultura de massas).
O artista João Belga referiu que às vezes é por culpa dos artistas que existe um afastamento das pessoas. “Fecham-nos muito no nosso trabalho e esquecemo-nos do outro lado, que são as pessoas. A arte é para servir as pessoas”, afirmou. Por isso, “há quem tenha algum receio de entrar em espaços como estes porque têm medo de não perceber e acabam por não se sentir à vontade”.
A exposição de João Belga surge naquele local 14 anos depois da primeira exposição individual do artista, no âmbito do projecto Art Attack.
Em 1997 o autor estava a concluir o curso de Pintura na ESAD e fez uma recriação do seu atelier no sítio onde hoje existe o museu Bernardo. Desta vez optou por fazer a apresentação do seu local de trabalho através de fotografias.
Mas essa foi apenas uma das componentes da mostra, da qual fizeram parte vários trabalhos realizados durante o último ano, alguns dos quais bem recentes.
A exposição, intitulada “Atelier 2”, esteve patente de 5 de Março a 4 de Abril, e a visita dos formandos já aconteceu depois desta estar encerrada ao público.
Mas essa era apenas uma das componentes da exposição, que apresentará também vários trabalhos realizados durante o último ano, alguns dos quais bem recentes.






























