Filha da terra escreve memórias de Alfeizerão e das suas gentes

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Gazeta das Caldas
Graciete Simões Machado a intervir durante a apresentação da obra

O livro “Lembro-me, A minha terra e as minhas gentes”, da autoria da alfeizerense Graciete Simões Machado, de 67 anos, foi apresentado em finais de Novembro e reporta-se a 150 anos de estórias da história de Alfeizerão e de quem lá vive e viveu.
Na gaveta há mais histórias que Graciete Simões Machado, provavelmente, voltará a dar à estampa, continuando assim a divulgação dos hábitos e tradições desta terra.

Escrever um livro nunca foi para Graciete Simões Machado uma aspiração. Mas depois de muitos textos escritos e de muitas pressões de amigos, tornou-se um imperativo escrevê-lo e publicá-lo. “A nossa terra é muito rica em história”, diz num dos textos, dando conta que as origens de Alfeizerão remontam a 300 anos antes de Cristo e por ali passaram celtas e romanos, até à instalação dos árabes, em 174, a quem se deve a fundação da localidade. Estes viriam a ser afastados por D. Afonso Henriques, em 1147 e o castelo doado à Ordem de Cister.
Mas o livro de Graciete refere-se sobretudo a outro tipo de histórias: a das “pessoas simples”, dando a conhecer as suas vidas e os seus costumes. Nele recorda as festas e feiras antigas, as profissões em vias de extinção, padres, professores, amigos e as suas casas com muitas histórias. Ao todo são 128 capítulos de um livro que demorou quatro meses a ser feito.
Convidado a escrever o prefácio, Cipriano Simão, alfeizerense e amigo da autora, disse que a obra “faz-nos recordar tudo o que liga as pessoas e que constitui a alma de uma terra”.
Cipriano Simão destacou o facto de Graciete Simões Machado não se ter limitado a fazer o relato sobre as grandes personalidades da terra, dando importância a “tudo e a todos”, constituindo-se assim uma memória para o futuro.

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