“Figuras, figurinhas e figurões” actualizado foi lançado na Feira do Livro de Lisboa

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O cartoonista mostrando a segunda edição do catálogo | Natacha Narciso

A segunda edição do catálogo de caricaturas que se refere à exposição “Figuras, Figurinhas e Figurões” de António foi lançada a 4 de Junho, no Pavilhão da Editora Colibri, na Feira do Livro de Lisboa.

Para o cartoonista, a primeira edição tinha duas falhas:  “faltavam desenhos de actualidade” e por estarmos nas Caldas “havia uma grande sobrecarga de desenhos referentes ao universo de Bordalo Pinheiro”. As duas lacunas foram agora corrigidas.
Aos recentes “Geringonça” (sobre a nova maioria) e “Chegou o Homem dos Sete Instrumentos” (referindo-se ao novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa), seguem-se outras caricaturas referentes ao caricaturável Donald Trump das eleições norte-americanas e ainda referentes àquele que é o maior drama que se vive  na actualidade: os refugiados. “Este é um drama enorme para o qual a Europa não tem resposta… ou não quer ou não pode dar… Este é um esquema autista. É algo descomunal”, disse António.
Para o cartoonista que se encontra a assinalar os 40 anos de carreira, esta segunda edição está agora mais completa até porque foi complementada por textos de dois prefaciadores que vêm dos jornais. Participam Joaquim Vieira, que foi subdirector do Expresso e que por isso trabalhou com o artista, e ainda Ferreira Fernandes do Diário de Notícias.
“Esta é uma edição que é um híbrido pois está na fronteira entre o livro e o catálogo de uma exposição”, comentou o autor que considera que o livro e a exposição só fazem sentido se forem para o público e mostrou-se disponível para continuar a trabalhar em parceria com a Gazeta das Caldas que por sua vez também está a celebrar o seu 90º aniversário.

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Mick Jagger é o próximo “Figurão”

Entretanto em breve mais uma personalidade internacional vai reunir-se à colecção de cerâmica “Os Figurões” que o cartoonista está a desenvolver com a fábrica caldense Bordallo Pinheiro. Será o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger. O espírito desta colecção, disse o autor, “é intercalar  figuras internacionais com nacionais”. Depois vão seguir-se outras personalidades lusas como Amália, Fernando Pessoa e Eça de Queirós. A nível internacional há também propostas para dar tridimensão cerâmica a Picasso, Einstein ou Dali. O cartoonista fez uma lista com os 25 nomes, mas não pretende fazer-lhes apenas o “boneco”. Para integrar esta colecção de cerâmica – onde já figuram Obama, Papa Francisco, Angela Merkel, Eusébio e Mário Soares – têm que ser ícones plásticos identificáveis pelas pessoas, ter notoriedade e “um universo muito próprio que ajude a montar uma caricatura total”, rematou.
António gostou de ter lançado a segunda edição desta obra na Feira do Livro “onde encontrei amigos que já não via há muito tempo”. Agora, até dia 13 de Junho, quer regressar não como autor, mas sim apenas como comprador.

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