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O Centro Cultural e de Congressos vai reiniciar as actividades em Outubro, com uma Festa dedicada ao Jazz. Serão cinco concertos com nomes sonantes do jazz nacional e alguns internacionais que vão estar nas Caldas entre os dias 31 de Outubro e 4 de Novembro.
Esta iniciativa vai contar com as actuações do Tchekhov Trio, do Tubab, um dos muitos projectos do tubista Sérgio Carolino, de Maurizio Minardi que é um pianista, acordeonista e saxofonista italiano e ainda o Quinteto de Maria João Fura e o Filiep Melo Trio que irá encerrar o evento.
Os concertos terão lugar no foyer, decorrerão em ambiente de clube e o bar vai estar a funcionar durante as actuações. Segundo Carlos Mota, a iniciativa irá custar 10 mil euros.
A grande novidade desta Festa do Jazz está no preço dos bilhetes. O custo para os cinco concertos será de 15 euros apenas. O bilhete para assistir a cada actuação vai cifrar-se nos 7,50 euros.
Questionada em relação ao encerramento das salas de espectáculo do CCC nesta altura – em que ainda há tempo quente e turistas na região – Maria da Conceição Pereira, vereadora da Cultura e responsável pelo CCC, explicou que Setembro é um mês difícil, comprovado pela experiência e números relativos a eventos realizados em anos anteriores. “Esta é uma época em que as pessoas estão a chegar de férias, há o início do ano lectivo e a compra dos livros escolares” e por isso “as estão menos disponíveis para os espectáculos”, disse. O director do CCC, Carlos Mota, também confirmou que Setembro é dos piores meses “do ponto de vista dos espectadores”. E é, a par com o mês de Janeiro, a altura em que “damos férias aos funcionários”, disse a autarca, explicando que o centro “não está totalmente fechados pois estamos a preparar a programação”.
Aproveita-se também esta altura para efectuar os necessários trabalhos de manutenção e abrem-se as portas às residências artísticas, como é o caso do grupo de dança Vórtice que esteve a preparar no CCC o seu espectáculo internacional que vai estrear em breve em Miami (EUA). Segue-se o Teatro da Rainha que vai estar a ensaiar para ali apresentar, em estreia, em Outubro, uma nova peça.
A programação do centro cultural vai incluir teatro com a vinda da última peça de Jorge Silva Melo, “Herodíades” com os Artistas Unidos, espectáculos de vários géneros musicais, de humor e ainda o lançamento de um livro relacionado com a história local. Segundo Carlos Mota, além dos tradicionais bailados, o CCC apresentará um espectáculo em patinagem no gelo.
Em Janeiro o CCC voltará a fechar tendo apenas um evento: o Concerto de Ano Novo com a Banda Comércio e indústria, que é dirigida pelo maestro Adelino Mota. Em Novembro este responsável vai estar no centro cultural caldense com a sua Big Band da Nazaré.
Maria da Conceição Pereira diz que o CCC age à semelhança de outros equipamentos das grandes cidades europeias “onde a reentré decorre nesta altura”.
Quanto à campanha de publicidade que se encontra em mupies pela cidade em que se afirma que o CCC está no “Intervalo”, a vereadora diz que foi uma campanha de marketing com vista a chamar a atenção e que “pelos vistos está a dar bom resultado”.
Maria da Conceição Pereira considera que no início da actividade do CCC “fizemos um investimento bastante grande para conhecer e credibilizar e dar a conhecer o espaço”. Criada a identidade do centro cultural das Caldas, este “já faz parte dos percursos das várias produções e por isso é mais fácil aceder aos espectáculos”.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt
Obras de aguarelistas dão origem a colecção de postais
Entre os dias 1 e 12 de Agosto, decorreu no CCC, o segundo Encontro Internacional de Aguarelistas, que este ano contou com a participação de uma dúzia de autores entre portugueses, espanhóis, franceses e belgas.
Cada um dos participantes desta iniciativa deixou dois trabalhos sobre a cidade e região.
Segundo Carlos Mota, foi feita uma selecção destas obras que vai dar origem a uma edição de postais para o próximo Natal, além de estar iniciada uma colecção de obras sobre as Caldas, Óbidos e vários aspectos urbanos e naturais desta zona.
“Acaba por ser uma forma de divulgar vários aspectos da nossa região, captados pelos artistas estrangeiros”, disse o director do CCC, explicando que o orçamento desta iniciativa se cifrou nos quatro mil euros. Para este responsável estas obras contemporâneas estabelecem também “uma interessante ponte com o naturalismo do Museu Malhoa”.
N.N.
