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“Prazeres partilhados” foi o mote da Festa da Francofonia que se realizou no CCC, entre os dias 14 e 20 de Março. Ao todo participaram 520 pessoas que assistiram a espectáculos, concertos e à exibição de filmes. Alem das Caldas também se realizaram iniciativas congéneres em Lisboa, em Setúbal e no Porto. Nas Caldas da Rainha a organização coube à Alliance Française local e contou com as parcerias das embaixadas de França, do Canadá, da Suíça, do Luxemburgo e do Centro Cultural Romeno.
Entre os participantes contaram-se alunos das escolas secundárias Raul Proença, Josefa d’Óbidos e da Atouguia da Baleia.
Entre os dias 15 e 17 de Março, 340 estudantes e professores de Francês assistiram aos filmes propostos pelas embaixadas francófonas.
A pantomina marcou presença a 18 de Março com a apresentação do espectáculo “Contrastes”, uma proposta do Instituto Cultural Romeno. Este foi viso por 40 pessoas, incluindo uma turma da Escola Secundária Raul Proença, que assistiram a esta actuação de mímica com os actores Dana Cavaleru e Richard Bovnoczi, formados pela Academia de Teatro e Filmes de Bucareste. Representaram um casal que vive várias histórias do quotidiano através da linguagem gestual e alguns momentos de dança.
Em Portugal esta dupla apresentou este espectáculo nas Caldas e em Lisboa.
“Usamos esta linguagem que toda a gente compreende para contar a história sobre duas pessoas que se tentam reencontrar neste mundo moderno e apressado onde é difícil encontrarmo-nos e encontrar os outros”, disseram à Gazeta das Caldas. Os actores querem voltar a Portugal com mais tempo para conhecer melhor o país que tem na sua língua palavras similares às da língua romena.
A Festa da Francofonia terminou a 20 de Março, com um concerto de Charles Suberville que, “além de ser um excelente cantor, é também actor”, explicou Maria do Carmo Brandão, directora da Alliance caldense. O intérprete encantou com canções originais e também com interpretações de Jacques Brel, Brassens, Ferrat e de Edith Piaf.
Suberville faz parte duma geração de intérpretes que dá igual importância às palavras e à melodia e “que nos dão a impressão que o seu meio natural é o palco”, acrescentou a responsável. A actuação foi assistida por perto de uma centena de espectadores, que aplaudiu Charles Suberville de pé.
Maria do Carmo Brandão fez questão de sublinhar que a Câmara Municipal deu pouco apoio a esta realização e toda a bilheteira reverteu a favor do CCC. Também não foi possível realizar a entrega dos prémios dos exames Delf Scolaire naquele equipamento como em anos anteriores pois “pediram-nos muito dinheiro para realizar a iniciativa no centro cultural. Até custa acreditar tendo em conta que é um evento com as escolas da região”, queixou-se a directora.
