
Os seus bonecos, caracterizados por uma tipologia folclórica, são modelados num espírito mordaz, cujos traços “realçam as particularidades mais relevantes das diversas camadas da sociedade observadas sem indulgência”, explica nota sobre a mostra. Grande parte destas peças deste autor foi reproduzida pelas Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro e pela Fábrica Belo, nas Caldas da Rainha. Leonel Cardoso também dedicou-se ao retrato, ao baixo-relevo e fez obras em cerâmica sobre temas religiosos. Ainda colaborou com outras fábricas, como a Sociedade de Porcelanas (Coimbra), a Vista Alegre, Sacavém e Cartuja (Sevilha).
Este caldense nasceu em 1898, licenciou-se em Ciências Económicas e Financeiras, desenvolveu a sua vida profissional como quadro superior das Alfândegas. A sua actividade artística foi desenvolvida nas letras com a publicação de poesia e prosa e ainda nas artes plásticas, expressando-se através da aguarela, guache, óleo, escultura, medalhística e cerâmica. O seu primeiro contacto com o público data de Setembro de 1917, numa exposição de caricaturas, na sua terra natal, a que se seguiram outras, individuais e colectivas, tendo participado em diversos salões de humoristas e da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Leonel Cardoso pertenceu ao Grupo dos Humoristas Portugueses e foi colaborador da Gazeta das Caldas onde publicou várias das suas caricaturas.
O autor foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada em 1973 e faleceu em Lisboa, em Novembro de 1987.
A exposição ficará patente ao público, no horário do Museu da Cerâmica, das 10h00 às 17h30, de terça-feira a domingo até 12 de Maio. A partir de 1 de Abril, o horário de verão prolonga a abertura ao público até às 19h00.






























