“Exit” da Molda leva peças de cerâmica ao comércio caldense

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O grupo que inaugurou a exposição em forma de rota pelas montras das Caldas | Isaque Vicente

Diversas peças de cerâmica invadiram as montras das Caldas desde o passado dia 4 de Junho, no âmbito do “Exit”, uma iniciativa que faz parte da bienal Molda, que, por sua vez, faz parte do programa Caldas Cidade Cerâmica.

Cerca de 70 pessoas não quiseram perder a oportunidade de inaugurar a exposição em forma de rota, que combina vários tipos de técnicas e materiais. O percurso começou perto do Chafariz das Cinco Bicas e terminou na Praça 25 de Abril.

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Dezassete obras de cerâmica, entre umas mais industriais e outras mais artísticas, embelezam, desde o passado 3 de Junho, 13 montras de estabelecimentos comerciais da cidade. É uma exposição que forma uma rota e que começa na Hélia Arte Floral (perto do Chafariz das Cinco Bicas) e desce até à Rua das Montras, passa pela rua Heróis da Grande Guerra e Avenida, terminando na Praça 25 de Abril.
A iniciativa intitula-se Exit e integra a programação da Molda. Na inauguração cerca de 70 pessoas formaram uma comitiva que, a pé e aproveitando o bom tempo, visitou a mostra. As peças foram concebidas por 20 artistas ex-alunos da ESAD e podem ser visitadas até 24 de Junho.
Fernando Carradas, curador da exposição, elogiou os espaços expositivos que representam as montras, “que permitem uma visualização clara das peças”. Explicou que cada montra tem a informação do autor, da própria peça, material e dimensões.
Quem tiver a aplicação para smartphones que possibilita a leitura de códigos QR, pode consultar um vídeo em que o autor explica o seu trabalho, informação que também pode ser consultada no site do evento.
O curador da exposição afirmou que Caldas só tem a ganhar com iniciativas destas, tanto a nível empresarial, como artístico e de formação de sentindo crítico. “Este projecto é algo que faltava fazer”, concluiu.
João Bonifácio Serra, coordenador da Festa da Cerâmica, afirmou que este evento é um “relançamento dos valores da cerâmica caldense”.
Paulo Agostinho, presidente da ACCCRO, recordou a prontidão dos associados em participar nesta iniciativa. “Abdicamos do nosso primeiro vendedor, as montras”, fez notar, elogiando o resultado final.
Hélia Silva, da Arte Floral, mostrou-se muito feliz por ter participado e contou que havia sido convidada para o Campeonato do Mundo de Artes Florais, explicando que, caso participe, quer a ajuda de alguns destes artistas para levar também a cerâmica ao concurso.
Tinta Ferreira, presidente da Câmara, salientou o empenho da autarquia na afirmação das Caldas como cidade da cerâmica e a contribuição que esta iniciativa tem para uma ainda maior afirmação da ESAD e para a valorização do comércio tradicional.
Depois da inauguração na Hélia Arte Floral, onde estava exposto o trabalho de Joel Pereira, a rota passou pela Foto Franco (Carla Rebelo), Monteiro Decoração (Catarina Nunes e Vítor Reis), Ourivesaria André Nogueira (Luís Farinha e Elisabete Santos), Exclusive Boutique (Pedro Almeida), Zelu (Vítor Agostinho), Formen (Thomas Mendonça), Mirene (Umbelina Barros), Mary Poppy (Tânia Gonçalves), Mercearia Pena (Francisco Vieira Martins, Rita Silvério e Inês Filipe, Rute Rosa e Sérgio Vieira), Electrolíder (Rita Frutuoso) e Vogal (Vera Gomes Sota e Gonçalo Martins), terminando em frente à Florista Begónia, na Praça 25 de Abril, onde estava exposto o trabalho de Mariana Sampaio. O fim do percurso foi brindado com uma enorme salva de palmas da já mais reduzida comitiva.
Fernanda Faria, proprietária deste último estabelecimento comercial, mostrou-se também muito contente com o resultado final. “Está uma montra muito bem realizada, muito digna”, disse, pedindo que se dê continuidade a estas iniciativas que “fazem movimentar as pessoas de loja em loja, descentram espaços e concentram pessoas”.
Maria da Conceição Pereira, vereadora da Cultura da Câmara, afirmou que esta era “uma simbiose que se procurava”. A autarca mostrou-se surpreendida com a adesão ao “pontapé de saída da Festa da Cerâmica” e espera que, caso exista uma nova edição, o percurso seja mais alargado.
A jovem Catarina Sá, que estudou Cerâmica na ESAD há 16 anos e ficou a viver nas Caldas, elogiou a iniciativa. “Acho muito importante que exista este tipo de projectos para manter a cerâmica viva e dar a conhecer os novos ceramistas”, disse. Olhando para o resultado final, destacou a diversidade: “umas mais artísticas, outras mais industriais, torna-se engraçado pela versatilidade de projectos”.
O Molda insere-se na Festa da Cerâmica que se prolonga até Dezembro, estando previstos mais de 30 eventos entre exposições, roteiros, ateliês, conferências e workshops.

Uma exposição de cerâmica no Alcoa e no Baça

[caption id="attachment_62265" align="alignleft" width="200"]A cerâmica invadiu as ruas e as montras das lojas de Alcobaça A cerâmica invadiu as ruas e as montras das lojas de Alcobaça[/caption]

“Rios de Cerâmica”, assim se designou a exposição que decorreu no final de Maio nas margens e leitos dos rios Alcoa e Baça, assim como nas montras e nos espaço público da cidade de Alcobaça.
Esta foi uma iniciativa organizada pela União de Freguesia de Alcobaça e Vestiaria em parceria com o Museu de Cerâmica de Alcobaça e visou  a promoção da cerâmica e a valorização deste sector. A entradas da cidade e mais de uma centena de montras das lojas albergaram peças de cerâmica tradicional e contemporânea. Muitas das peças presentes no espaço urbano daquela cidade são pouco conhecidas dado que se destinam à exportação.

 

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