Há nas Caldas dois grupos musicais bem diferentes no que ao género musical diz respeito, mas que têm uma característica em comum: músicos de nacionalidades diferentes que escolheram viver nesta região. Falamos dos Silver Coast Blues e dos Caboco, que têm projectos para 2020, e se procuram afirmar em estilos tão distintos, mas complementares, como o blues ou a música brasileira
Silver Coast Blues é uma banda que se dedica às sonoridades WestCoast (harmónica) Blues. O líder do grupo é o holandês Gerrit Ekkelenkamp, que vive em Salir de Matos com a mulher há dois anos. Desde que chegou que procurou músicos para poder voltar à música e actuar na região Oeste. Gerrit, que se dedica à música desde 1988, chama a atenção para o facto do Oeste ter pessoas de várias nacionalidades que escolheram viver nesta zona e que apreciam estas sonoridades.
Neste momento, integram a banda Thierry Cardoso (guitarra), Lenny Falcon (bateria) e João Nicolau (baixo). Os dois últimos são novos elementos deste grupo: Lenny é holandês e fez a sua vida em Amesterdão, mas reside em Torres Vedras.
Esta nova formação pretende “manter o blues vivo na região Oeste”, disse Gerrit Ekkelenkamp à Gazeta das Caldas. Com as novas entradas é necessário tempo para ensaiar o reportório, que tem influência no Country Blues, Chicago Blues & Louisiana Swamp Blues e ainda no Texas Blues.
O grupo está a preparar-se para o novo ano após ter dado cerca de 25 concertos por todo a região. Um dos objectivos dos Silver Coast Blues era actuar no CCC. “Gostávamos muito de poder levar uma noite de blues àquele espaço cultural”, disse o líder do colectivo que reparte os ensaios da banda entre Peniche e Benedita. Os Silver Coast Blues já actuaram nos Silos, no Marcianus (Foz do Arelho), em vários bares de Peniche e Baleal e da Lourinhã.
Caboco apostam na música popular brasileira
Os Caboco são um grupo que surgiu nas Caldas, que se dedica à música popular brasileira e que se estreou na última Feira do Cavalo que se realizou em Maio.
A banda é liderada por Alexandre Magno, que é baterista e vocalista de um grupo composto por três músicos brasileiros que vieram há cerca de dois anos para as Caldas da Rainha.
A banda, que ensaia nos Silos, tem vindo a apresentar por toda a região o espectáculo Smooth Brasil, dado que interpreta canções de Gilberto Gil, Djavan, Lenine e Chico César.
Completam esta formação musical Caetano Sales (guitarrista) e Samuel Velho, mais conhecido por Smith (baixista), músicos que já pertenceram a vários grupos e têm experiência em vários géneros musicais. O baixista foi submetido a uma intervenção cirúrgica, mas Alexandre Magno prevê que os Caboco voltem em força assim que recuperar.
“Tudo começou quando fui convidado para animar o Carnaval na Toca da Onça”, disse o músico, sublinhando que os Caboco, apesar de reunir três músicos brasileiros, “é um projecto caldense”.
Entretanto Alexandre Magno não quer parar e, como tal, acompanhado por três músicos portugueses – que inclui baixista, guitarrista e baterista – pretende apostar num repertório que presta homenagem ao brasileiro Chico Science. Esta nova formação chama-se Mangrove.
Músico ensina danças de salão nas Caldas
Antes de morar nas Caldas, onde chegou em 2018, Alexandre Magno viveu na Holanda durante cinco anos e meio. Tem um percurso muito eclético, de tal modo que, além da música, também se dedica à dança, pois é professor de danças de salão e de danças tradicionais brasileiras. O percussionista quer, em breve, apostar na gravação de temas originais que o próprio também compõe.






























