O novo livro da escritora cadavalense Isabel Pereira Rosa, intitulado “A Substância do Tempo”, foi lançado a 25 de Junho na Biblioteca Municipal do Cadaval.
A apresentação esteve a cargo de Carlos Guardado da Silva, investigador e autor, natural de Pêro Moniz (Cadaval). O também director no Arquivo Municipal de Torres Vedras contou que a obra é “uma narrativa ficcionada de uma história de amor, talvez mais sentido do que vivido, entre Ana e Alberto, protagonistas da história principal, a qual encerra em si outros romances onde o amor está sempre presente”.
Como demonstrou o investigador, todos os personagens intervenientes no livro têm como elo de ligação os diferentes acontecimentos da história portuguesa ao longo do século XX.
“No conjunto das diferentes histórias, a verdadeira demanda é a de encontrar um significado para a vida para a nossa própria existência”, referiu Carlos Silva.
São muitos os episódios da vida nacional e internacional que aparecem na história, desde a Segunda Grande Guerra à Guerra do Ultramar.
Temas como a censura, a perseguição, o exílio e a tortura, a fome, a dor e apobreza das famílias estão patentes na narrativa.
“A Substância do Tempo” acaba por ser também um hino ao voluntariado na medida em que “alguns personagens encontram o significado das suas vidas precisamente no voluntariado”, disse o orador.
Isabel Pereira Rosa revelou que incluiu no seu livro um capítulo dedicado ao campo de concentração do Tarrafal (Cabo Verde) porque considera tratar-se de “uma situação um pouco obscura da nossa História, de que não se fala muito mas que considero muito importante não ser esquecida”.
Quanto à abordagem do tema do voluntariado, a autora explica que tem “uma profunda admiração por todos os voluntários, pessoas que abdicam do seu tempo, do seu conforto, para ir ajudar outras que precisam muito”.






























