Escola de Representação surpreende em espectáculo no Parque D. Carlos I

Tânia Leonardo, professora de Representação, disse à Gazeta da Caldas que o espectáculo “correu muito bem, em especial porque só tivemos duas semanas de ensaios”.
Apesar de ter resultado de um convite da Câmara, este evento esteve em risco de não se realizar porque “alguns dias antes da apresentação ligaram a dizer que estava cancelado por falta de apoio financeiro”. A actriz não aceitou esta recusa e decidiu que levaria o espectáculo avante, o que acabaria por acontecer, ainda que de forma improvisada, na esplanada do Pópulos.
A responsável aponta o dedo ao presidente da Câmara, Fernando Costa, culpando-o por ter feito corte à programação da Animação de Verão, que estava sob coordenação do vereador Hugo Oliveira. “O que é feito da Cultura desta cidade?”, questiona-se a docente e actriz.
Ao todo a Escola de Artes de Representação tem 27 alunos com idades entre os quatro e os 18 anos que se envolveram em várias actividades e realizaram alguns espectáculos na região.
Só que a continuação das aulas desta escola pode estar em causa pois para o seu funcionamento pleno seriam necessários 40 estudantes.
As aulas vão recomeçar a 3 de Setembro e há também uma classe de teatro para adultos. “Temos oito inscritos, mas precisamos de 15 pessoas para começar a trabalhar”, contou Tânia Leonardo.
A actriz estava satisfeita pela grande dedicação dos alunos da escola e da sua entrega ao espectáculo, cujo guião foi escrito por Fiona Spreadborough, a proprietária da escola.
Em Setembro está prevista uma versão do Feiticeiro de Oz, que se vai transformar no Feiticeiro das Caldas, uma peça que o falecido encenador Fernando Antão (familiar de Tânia Leonardo e muito ligado ao teatro nas Caldas) gostaria de ter encenado, “mas já não lhe foi possível e desta forma vamos homenageá-lo também”.