
As paisagens marinhas, presentes no museu caldense, datam do final do século XIX e vêm até à contemporaneidade
Na sexta-feira, dia 19 de julho, o Museu Malhoa abriu portas para mais uma visita guiada ao fim do dia e que foi coordenada por Dóris Santos, a atual diretora do Museu Nacional do Traje. A bombarralense afirmou que o mar é um dos seus temas de eleição e que fiu aprofundado na investigação que fez no seu doutoramento.
“O Mar, que faz parte da alma portuguesa, é também ponto de chegada e de partida”, disse a convidada acrescentando que o homem mede forças com o mar e “nem sempre ganha”. Prova disso, as mortes de pescadores que aconteceram na Vieira de Leiria. Ou seja, na sua opinião, o mar “é fascinante mas também temível e por isso alvo de devoção e de fé”. E é algo que pode ser apreciado em vários quadros que pertencem à coleção do museu. O hábito de ir à praia, algo que data do final do século XIX, também está presente nalgumas pinturas do acervo do Museu. Há várias propostas que destacam a temática marítima ligada à parte piscatória onde estão representados o pescador, a peixeira e as embarcações tradicionais, típicas de várias regiões da costa portuguesa. A pesca artesanal é também uma das temáticas presente pois é uma arte em desaparecimento não só em Portugal como também no panorama internacional, onde se aposta na pesca industrial.
Foram vistas à lupa, obras desde meados do século XIX até ao século XX, ou seja, “foram vistos 150 anos da pintura portuguesa através do mar”, disse a investigadora bombarralense.
Dóris Santos ainda relembrou que foram vários os pintores que retrataram paisagens marítimas em Peniche, na Nazaré, na Foz do Arelho e na Ericeira. ■






























