Dóris Santos aborda a imagem marítima da Nazaré em livro

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Jorge Pereira de Sampaio, Célia Quico, Dóris Santos e Jorge Fernandes na apresentação do livro

Obra da diretora do Museu Nacional do Traje foi apresentada na vila que a conquistou

“Arte, Museus e Memória. A Imagem Marítima da Nazaré” é mais do que o resultado de uma tese de doutoramento plasmada em formato de livro. É uma verdadeira declaração de amor que Dóris Santos, diretora do Museu Nacional do Traje, faz à Nazaré, vila à qual chegou para dirigir o Museu Dr. Joaquim Manso e onde decidiu residir. A obra foi apresentada, no passado sábado, na Biblioteca Municipal José Soares, perante uma plateia ávida dos conhecimentos que a historiadora recolheu durante anos de investigação.
No livro, a autora assume que tentou desconstruir a ideia que a atenção sobre a Nazaré nas artes foi uma criação do Estado Novo. E denotou particular interesse na pintura, estudando os inúmeros pintores que retrataram a vila.
Recordando que chegou à Nazaré no mesmo período de Garrett McNamara, a bombarralense assistiu à “transformação” da terra, mas considera que aquilo que ainda hoje distingue a Nazaré é as pessoas”.
Para a nazarena Célia Quico, docente que acompanhou o doutoramento de Dóris Santos na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a autora “demonstrou não só um profundo conhecimento, mas uma grande paixão por esta terra e este mar”.
A mesma opinião foi partilhada pelo alcobacense Jorge Pereira de Sampaio, que passou “verões inesquecíveis” na Nazaré e classificou o livro como “um trabalho que não interessa só à Nazaré, interessa a todas as terras marítimas”, frisou o ex-diretor do Mosteiro de Alcobaça, que, tal como o editor Jorge Ferreira (Caleidoscópio), aplaudiu a “contracorrente” que o livro representa. ■

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