O director da Gazeta das Caldas, José Luís Almeida Silva foi distinguido, por eleição, como Embaixador Cultural da Cerâmica pela Academia Internacional de Cerâmica (AIC).
O caldense, agora membro daquela entidade, terá entre as suas funções promover a cerâmica e dos ceramistas em todo o mundo.
José Luís Almeida Silva pretende dar a conhecer a cerâmica portuguesa em contexto mundial. Actualmente a visibilidade da cerâmica lusa é reduzida, apesar de “sermos um dos países onde a tradição cerâmica e azulejar tem muito peso e se distribui por muitas cidades e vilas do país”, disse à Gazeta o novel embaixador cultural da AIC, que é também director de Planeamento no Cencal e docente na ESAD. Sobre esta distinção internacional, o caldense afirmou que esta se constitui como “uma homenagem a todos os ceramistas e especialistas em cerâmica que conheci e com quem trabalhei”. E fez questão de referir o engº Faria Frasco (Vista Alegre), Pessoa de Carvalho (Secla) e os artistas Ferreira da Silva, João Reis, Herculano Elias, Martins Correia, Nery, X.Viqueira, Behets, Pozzi, Caruso, Galassi, entre outros. “É a todos eles, bem como às pessoas ligadas ao Cencal e à ESAD, que devo a razão desta distinção”, afirmou o novo embaixador cultural.
A AIC existe há 65 anos e abrange 55 países e regiões. Conta actualmente com mais de 650 membros, entre os quais vários representantes da cerâmica, instituições e ceramistas. O seu objectivo é o de desenvolver a sua rede e representar a cultura cerâmica contemporânea o mais amplamente possível.
Além do caldense, o AIC tem agora mais quatro novos embaixadores, oriundos da Eslovénia, Espanha, Colômbia e Dinamarca. Ao todo, a associação possui 11 embaixadores de vários países.
Entre os membros desta entidade contam-se outros portugueses: as ceramistas Sofia Beça, Ana Cruz (que tem o seu atelier de trabalho desde há algum tempo nas Caldas da Rainha) e as Oficinas do Convento de Montemor-o-Novo.
A AIC organiza um congresso bienal que em 2018 terá lugar em Taiwan. A associação promove também conferências internacionais e apoia diversas iniciativas privadas em galerias e noutros locais culturais. A Academia foi fundada em 1952, por Henri J. Reynaud, director do Museu suíço Ariana da Cerâmica e do Vidro. Este responsável manteve-se no cargo até à sua morte, em 1964. A AIC é hoje a principal associação que age em favor da cerâmica a nível internacional, reunindo ceramistas, oleiros, artistas, designers, escritores, colecionadores, galeristas, conservadores e restauradores.
A AIC é parceira oficial da UNESCO para o sector cultural desde 2001 e, nas últimas seis, décadas reuniu nomes como Picasso, Shoji Hamada, Bernard Leach, Marc Chagal, Kenji Suzuki, Rudi Autio, Aline Favre, Arcadio Blasco e Nino Caruso.































