De Visita a D. Berquó

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Gazeta das Caldas
Isabel Castanheira

Bela Terra!
Como caracter… Terra d’ amas de leite?!
É fama! É fama!
D. Rodrigo Berquó … um dia teve a seguinte filantrópica odeia: fundar uma creche.
Recentemente uma mulher estrangulara um filho!…
Entrava o D. Berquó d’expor a ideia, objetava-lhe o Rafael Bordalo:
– Você acha… uma creche?
E o D. Rodrigo:
– Pois se elas matam os filhos, a creche é inútil… você não acha?
– Hein!
– Homem… pois se elas matam os filhos, faça você antes uma penitenciária!

Amas… p’ra exportação, e por demais muito falsificadas … como as cavacas!
Eu não as vi, por mais que as procurasse… às amas, está bem visto.
Enquanto às cavacas… meu Deus! Muros de D. Berquó poe camas! Cavacas por travesseiros! Eis o que de característico se dá nos albergues aos forasteiros… que vão ver as obras!”

Este texto de escrita um tanto particular e de subtil humor foi publicado na revista “Branco e Negro – Semanário Ilustrado”, Nr. 10, de 7 de Junho de 1896. Acompanhado de uma vista geral dos Pavilhões, apelidados de Hospital, e da Avenida dos Plátanos.
Por esquecimento, timidez ou necessidade de ficar incógnito, o autor não assinou o seu texto. É pena, porque eu gostava de juntar o seu nome a tantos outros que sobre as Caldas emitiram a sua opinião.

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