Crónicas de Bem Fazer e de Mal Dizer – XV – PROJECTOS EM TOM DE CONVERSA

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Postal – Depósito de Louças da Fábrica de Faianças

Discretamente, juntámo-nos ao grupo que conversava e prestámos atenção ao que diziam:

“Ramalho, lançando uma fumaça, parecia não ouvir:

– Meu caro Eduardo Coelho: não deixe de visitar os arredores. Nada vi jamais para lhe antepor, como tranquila, risonha e pacífica expressão da natureza rústica da vida rural. Vá à Foz do Arelho ver a abençoada lagoa, tão esquecida, tão despremida, tão bela! Embarque nas bateiras e, se puder, meu caro Coelho, prove a pesca recolhida pelos aparelhos de uma ingenuidade quase pré-histórica – os melhores camarões do Mundo, percebas, e berbigões que ficam falados por muito tempo entre quem os come uma vez, e enguias e linguados com que a lagoa abastece as Caldas todo o Inverno, quando não vão ao mar os pescadores de S. Martinho e da Nazaré.

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