A criadora Margarida Belo Costa foi uma das escolhidas pelo prémio da Renova
Margarida Belo Costa
Coreógrafa e bailarina
Diplomada pela Royal Academy of Dance, iniciou o seu percurso na Escola Vocacional de Dança das Caldas. Atualmente é professora na Escola Superior de Dança onde também estudou. Os seus estudos desenvolveram-se paralelamente com a Dança Moderna e Contemporânea. É coreógrafa convidada da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo e da Companhia de Dança de Almada. Como coreógrafa cria apresenta peças desde 2015
A bailarina e coreógrafa caldense Margarida Belo Costa e o compositor Nuno da Rocha formam uma das dupla de três vencedoras que estão a criar uma vídeo dança projeto que conta com o apoio da marca Renova. Os autores vão trabalhar com cinco intérpretes. Aquela marca resolveu responder positivamente ao apelo feito pelo Ministério da Cultura em final de março de 2020, quando deu a conhecer o Portugal #EntraEmCena, um movimento que pretende agregar marcas que se querem tornar mecenas de projetos culturais e investir em criações nacionais.
Nestes programas, “os artistas colocam as suas ideias e as marcas podem apoiar”, disse Margarida Belo Costa, que viu, meses depois, a Renova ser uma das primeiras marcas portuguesas a juntar-se à iniciativa. A empresa lançou uma chamada aberta para uma peça original de música coreografada, através das Renova Art Comissions, com curadoria de Martim Sousa Tavares. E foi em setembro passado que a bailarina caldense soube que tinha sido uma das escolhidas.

“Vamos criar uma vídeo-dança que será filmado no próprio espaço da fábrica da Renova, em Torres Novas”, contou a criadora, explicando que a marca apostou em mais do que um projeto. Assim, “numa só noite será possível ao público assistir a mais do que uma estética artística”, explicou.
Nesta coreografia que se vai designar “Renova” vão trabalhar cinco bailarinos e “cada grupo decide qual o espaço da fábrica que quer usar nas filmagens da vídeo-dança”.
A criação original de Margarida Belo Costa e do compositor Nuno da Rocha incluiu um pianista e a criadora garante que haverá uma interação direta entre a música e os interpretes.
“Será uma experiência muito imersiva, pois os bailarinos vão tornar-se músicos e o pianista também se vai transformar em performer”, explicou a autora, que acredita que as criações selecionadas pela marca portuguesa poderão, mais tarde, ser apresentadas a nível internacional.
A valdense está atualmente a criar “o storyboard daquilo que vai ser a coreografia”. Isto é, encontra-se a criar a narrativa sobre “o que serão aqueles corpos que vão estar no vídeo-dança, a que personagens vão dar vida e quais serão as relações que vão existir entre eles”, contou.
Margarida Belo Costa tem vários projetos, um deles ligado ao CCC. Assim que a pandemia permitir, pretetnde colaborar ativamente num projeto de dança que vai envolver três grupos de ranchos e um grupo musical das Caldas da Rainha.
Para já, a pandemia fez desacelerar o trabalho com estre grupos da sua terra natal. Os participantes têm tido apenas encontros preparatórios via Zoom. A caldense ainda conseguiu estrear o espetáculo “Faustoless” em 2020, no Teatro Viriato, em Viseu, mas prevê que as próximas apresentações só sejam possíveis em 2022. ■






























