Conhecer o teatro “por dentro”

Para assinalar o Dia Mundial do Teatro (27 de Março), o Teatro da Rainha abriu as portas do seu espaço para receber os mais novos. Tendo como ponto de partida a Exposição Os Fotógrafos da Rainha, um grupo de crianças que esteve a frequentar a colónia de férias da Páscoa Ludicidade da ANAE (Associação Nacional de Animadores e Educadores), uma dúzia de participantes com idades entre os seis e os 14 anos, teve a oportunidade de ir conhecer de perto os camarins dos actores e de experimentar vários adereços e figurinos. Com a ajuda de Vera Marques (assistente de produção do grupo de teatro caldense), o grupo de visitantes ainda teve contacto com as áreas da cenografia, da música, da iluminação e da fotografia.
Desde a inauguração, no mês passado, a exposição “Os Fotógrafos da Rainha” tem recebido muitos alunos das escolas da cidade para visitas guiadas. “Trata-se de uma viagem por 30 anos sobre a intensa produção do Teatro da Rainha, que é também um acto do presente e com o futuro à vista. Conhecer o percurso da Companhia é também acompanhar-nos hoje”, disse a assistente de produção Vera Marques que, ao longo da visita, tentou corresponder à curiosidade dos petizes.
Luís Ventura, de 11 anos, achou que esta estava a ser uma visita “muito divertida”. Este aluno da D. João II apreciou conhecer os camarins e experimentar os diferentes adereços nesta que foi a sua estreia nas instalações do Teatro da Rainha. Por seu lado, Francisco Fernandes, de sete anos, que tal como o Luís já experimentou fazer teatro, gostou de toda a visita tendo sublinhado o facto de ter experimentado tocar num piano.
Rafaela Santos, oito anos, também se sentiu bem no espaço do Teatro da Rainha e de ter experimentado vários adereços como chapéus e acrescentos para simular corcundas e barrigas grandes. Sofia Coito, seis anos, gostou de poder experimentar as diferentes máscaras dos animais e, em breve, gostava muito de poder assistir a uma peça de teatro.
“Achamos que devemos fomentar neles o gosto pelas artes desde cedo”, rematou Lina Lemos, coordenadora da colónia da Ludicidade que reconhece que este contacto com o mundo da arte dramática contribuiu para criar públicos e até, quem sabe, ajudar algum a enveredar pelas artes de palco.