Conferência sobre a participação de Portugal na I Guerra encerrou exposição no Museu Malhoa

, proferida pelo tenente-coronel artilheiro Pedro Marquês de Sousa, numa iniciativa da associação Património Histórico. O orador é professor de História na Academia Militar que apoiou o programa da Evocação do Centenário da Grande Guerra, tendo publicado recentemente a obra “A nossa Artilharia na Grande Guerra. 1914-1918”.
Segundo nota de imprensa enviada pelo PH, a conferência incidiu sobre as causas apontadas, à época e pela historiografia, para a entrada de Portugal na frente ocidental ou europeia da Grande Guerra. O orador falou da acção das tropas portuguesas em França, em termos numéricos, destacando a incapacidade de cumprir os planos inicialmente elaborados, o que terá concorrido para a derrota destas tropas aquando da grande ofensiva alemã da Primavera de 1918, na qual se enquadra a Batalha de La Lys.
Após este momento decisivo, Pedro Marquês de Sousa descreveu a situação dos portugueses que se encontravam ainda nesta frente, relacionando esta situação com o regime sidonista (que era contra a participação de Portugal na guerra) que desde Dezembro de 1917 tomara o poder em Portugal.
A conferência terminou com uma breve análise das consequências do conflito, atendendo, por um lado, ao conjunto de mortos e prisioneiros portugueses e, por outro lado, à instabilidade e à crise (a vários níveis) que vão conduzir o país à ditadura militar.
Seguiu-se o debate com uma assistência empenhada em discutir as temáticas abordadas, para a compreensão da Grande Guerra.
Esta iniciativa marcou o encerramento da exposição “Um Médico na Grande Guerra. Fernando da Silva Correia.