Comunistas recordam Karl Marx e dizem que a sua doutrina ainda está actual

0
823
Gazeta das Caldas
André Martelo marcou presença na inauguração da exposição

Hoje, 2 de Novembro, pelas 21h30, no Museu do Ciclismo, vai realizar-se uma sessão pública sobre a Vida e Obra de Marx que será liderada por Manuel Rodrigues. O convidado é director do Avante! e integra o Comité Central do PCP. Patente naquele museu está a exposição “Legado, intervenção, luta. Transformar o Mundo”. No sábado passado, 27 de Outubro, foi exibido “O Jovem Marx”, filme que marcou presença no Festival de Berlim de 2017. Estas iniciativas visam assinalar os 200 anos do nascimento de Karl Marx.

“Temos um conjunto de iniciativas que estão a percorrer todo o país. Queremos chegar ao maior número de pessoas sobretudo às novas gerações”, disse André Martelo, da DORLEI durante a inauguração da exposição “Legado, intervenção, luta. Transformar o Mundo”, que teve lugar a 20 de Outubro no Museu do Ciclismo.
A mostra é itinerante e pretende dar a conhecer a história de Karl Marx e as bases que norteiam o Partido Comunista. Na sua opinião, as teorias daquele filósofo explicam muitas das contradições que se vivem hoje no mundo. “Marx explicou várias premissas que hoje vivemos e deixou-nos instrumentos que permitem uma sociedade sem classes, para acabar com a exploração do homem pelo homem”. André Martelo acha que os baixos salários e a precariedade que hoje se repetem já eram vividos no séc. XIX durante a Revolução Industrial com o objectivo “dos patrões aumentarem os seus lucros e consequentemente a exploração dos trabalhadores”.

Vítor Fernandes, do PCP caldense, ainda recordou que antes do 25 de Abril existiam as “praças de jornas” onde os patrões escolhiam só aqueles que queriam para trabalhar. André Martelo acrescentou que é uma prática que ainda hoje se constata na apanha da fruta. “No fundo é o que fazem hoje as empresas de emprego temporário”, disse o comunista, que considera que actualmente estamos a regredir em “vários temas sobretudo nas conquistas de quem trabalha”. Como tal, Vítor Fernandes e André Martelo consideram que “é necessário continuar a lutar pelos direitos dos trabalhadores”.

 

- publicidade -