Colóquio aborda impacto das invasões francesas na Benedita

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O Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita, acolhe amanhã, dia 8 de Outubro, um colóquio sobre “As invasões francesas na freguesia da Benedita”. Recuando a 1810, quando o exército português e inglês regressaram às Linhas de Torres após a Batalha do Buçaco, a conferência recupera os tempos em que as tropas incentivavam ao abandono das aldeias e à destruição de tudo o que os franceses pudessem usar em seu proveito, de víveres a alfaias, passíveis de serem fundidas para fazer armamento.

O impacto da terceira invasão francesa naquela localidade foi tal que “o ano de 1811 regista um número anormal de mortes, muitas vezes sem os sacramentos da Igreja” e alguns registos paroquiais apontam que o falecido “morreu por hum tiro que lhe derao os franceses”, refere o Rotary Club da Benedita, que promove o colóquio.
Para dar conta do impacto da movimentação das tropas, a organização acrescenta ainda que “a partir de Abril de 1811, o espaço da Igreja da Benedita não possibilita mais sepulturas. De Maio a Dezembro contabilizam-se 56 enterramentos no adro da igreja”.
Para falar sobre este período histórico, o Rotary Club convidou Cristina Clímaco, investigadora na Universidade de Paris 8, que vai abordar “O impacto da terceira invasão francesa no eixo Leiria, Molianos, Rio Maior”, e Júlio Ricardo, que se debruçará sobre “Factos e acontecimentos da terceira invasão francesa na freguesia da Benedita”, dados recolhidos no decorrer de um projecto de investigação sobre o património local dinamizado pelo Agrupamento de Escolas da Benedita no ano lectivo 2009/2010.
O colóquio tem entrada livre e início marcado para as 16h00.

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